QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
“Dom João 1527 , por graça de Deus (...) faço saber a vós
dom Luiz Mascarenhas, governador e capitão general da Capitania
de São Paulo, que (...) sobre as contendas que tem
havido entre a Câmara da Vila de São João Del Rei e o guarda-mor
posto por esse Governo em um distrito de parte d'além
do rio Sapucaí, a respeito da jurisdição a que tocam aquelas
terras, no que insinuava, fosse servido determinar a
que governo devia pertencer não só a terra em que estava o
dito guarda-mor, mas toda a que está desta parte do rio Sapucaí,
sendo compreendidos também os arraiais do Rio Verde
e vistas todas as contas e mais papéis que me foram presentes
sobre esta matéria, em que foi ouvido e respondeu o procurador
da minha fazenda. Fui servido determinar por resolução
de vinte e dois do presente mês e ano, em consulta do meu
Conselho Ultramarino, que este sítio que se questiona sirva
de limites a estas capitanias de São Paulo e Minas Gerais, o
alto da serra da Mantiqueira para, desta sorte, se evitarem as
desordens que podem resultar de ficar o sítio administrado e
regido por duas jurisdições, o que assim ficareis entendendo.
El-rei nosso senhor o mandou por Thomé Joaquim da Costa
Corte Real e o dr. Antônio Freire de Andrade Henriques,
conselheiros do seu conselho ultramarino, e se passou por
duas vias. Pedro José Correia a fez em Lisboa a 30 de abril
de 1747. O conselheiro Antônio Freire de Andrade Henriques
a fez escrever/Joaquim da Costa Corte Real e Antônio Freire
de Andrade Henriques” 1528 . Como se vê, a decisão real ficou
igual ao pedido: dúbia e ignorante da geografia. Na verdade,
esse primeiro processo fora criado para integrar um outro,
mais importante: o da extinção da Capitania de São Paulo.
Dom Luiz Mascarenhas, ante a esta primeira decisão, já
ficou como abelha tonta. Escreveu para Gomes Freire remetendo-lhe
cópias das correspondências que recebera do rei.
1527 A esta altura, com sua vontade manipulada pelo seu confessor frei Gaspar e Alexandre de Gusmão, como
denunciou a própria rainha quando morreu dom João v.
1528 Verbete nº. 4066 do IMAR/MG, Cx. 48, Doc. 52, p. 61-b do AHU.