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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

nunca houveram rebeliões em coisa alguma, nem ainda por<br />

terem imaginação em coisas de desobediências, onde confiança<br />

e respeito às leis de V. Majestade, antes com todos, muito<br />

respeito e obediência a todos os superiores, além do (...)<br />

amor e vontade com que sem prejuízo no serviço de S. Majestade<br />

e despesas dos seus próprios bens (...).<br />

Não deixam todos os ditos de serem agradecidos a S.<br />

Majestade e ao senhor rei dom José pelo cuidado de ter dado<br />

algumas providências a respeito a que não vivam seus vassalos<br />

aperreados, porém em felicidade pelos ditos homens pardos<br />

e pretos, que para mais que S. Majestade os queira amparar<br />

na dita capitania, não (...) que nesta parte senão cumprem<br />

as ordens de V. Majestade; como algumas se não dão<br />

ao preto, nem se atêm aos merecimentos dos ditos e antes estão<br />

desprezados e (...) e por isto a maior parte deles vivem<br />

pobres e miseráveis.<br />

É notório que a grandeza do sr. rei dom José Primeiro<br />

permitiu por sua piedade aos homens pardos e pretos a determinar<br />

pela lei sua, que se junta cópia da mesma”.<br />

Em resumo, esta lei é um “Alvará, porque S. Majestade<br />

obviando ao ímpio e desumano abuso, com que no Reino do<br />

Algarves e em algumas províncias de Portugal se procuraram<br />

perpetuar os cativeiros: é certo que estes quanto ao pretérito,<br />

se não possa estender além dos avós: quanto ao futuro, que<br />

todos os que nascerem depois da publicação desta lei, fiquem<br />

por benefício desta inteiramente livres, e que dos libertados<br />

por efeito dela, fiquem hábeis para todos os ofícios, homens,<br />

e dignidades, na forma declarada”.<br />

Continuando com sua carta, o pardo capitão de Mariana<br />

denuncia que nas <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong> “(...) além de não cumprir a<br />

dita lei querem antes consumir a todos os que dela se queiram<br />

aproveitar, continuando na mesma forma o cativeiro<br />

perpétuo sem nunca ter termo, posto os incluídos na lei e os<br />

que se acham libertos por causa de seus pais os libertar, a<br />

puder (...) além dos ditos não serem admitidos nos empregos<br />

na forma da lei, chegando a tal miséria a sua desgraça (que)<br />

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