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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

“Manoel de Souza Portugal, que era figura de certa projeção<br />

em Vila Rica, estabeleceu-se na 'Tapera do Piauí' (Piumhi),<br />

com fazenda de gado e pedindo sua sesmaria descreveu<br />

a região como 'um deserto sertão que até agora servira<br />

de couto a negros aquilombados que ali se achavam com<br />

grande poder'; localizou-a num 'corgo que tinha suas cabeceiras<br />

num corgo chamado Piuí 1494 beiras do São Francisco'.<br />

Antônio da Câmara Portugal, embora com sesmaria concedida<br />

só em 1770, alegou que se estabelecera ali havia mais de<br />

18 anos e que descobrira o local havia mais de 25 anos, por<br />

ter sido um “dos do ataque ao <strong>Quilombo</strong> do Ambrósio” 1495 .<br />

Antônio João de Oliveira, como vimos, recebeu sua<br />

sesmaria – provavelmente já beneficiada com o que restou da<br />

utilização militar – no local chamado Pé da Serra do Camapuã,<br />

noroeste de Casa Grande.<br />

No entanto, consta outra carta de sesmaria concedida por<br />

Gomes Freire ao capitão Antônio João de Oliveira em 24 de<br />

março de 1747, no local chamado “Lagoa, para cá da serra<br />

da Boa Esperança” 1496 . O local deste seu segundo pedido de<br />

sesmaria fica exatamente ao sul da Primeira Povoação do<br />

Ambrósio, Cristais-MG. Porém, esse local seria posteriormente<br />

redistribuído a outros sesmeiros, incluindo a vizinha sesmaria<br />

de Bartolomeu Bueno do Prado em 1760.<br />

Várias outras sesmarias distribuídas na região, entre<br />

1746 e 1747, não concretizaram a medição judicial e/ou tiveram<br />

seus pedidos reiterados após 1760, como por exemplo: a<br />

de Manoel Menezes Nogueira na “parte do <strong>Quilombo</strong> (...) diante<br />

de onde chamavam o Gama em um ribeirão em que o dito<br />

Gama matara uma onça e estava, dois morros”; a de Manoel<br />

Ribeiro de Souza, “na paragem do Campo Grande e vi-<br />

1494 “... Correndo o rumo da medição da parte do nascente para a terra (serra) da Boa Esperança...”, in v.<br />

14 da Revista do APM de 1909, p. 72.<br />

1495 A Decadência das <strong>Minas</strong> e a Fuga da Mineração”, p. 32 e 33, citando SCAPM, Cód. 90, fl. 37 e Cód.<br />

172, fl. 45.<br />

1496 Artigo “Sesmarias – 1746-1750”, Revista Eletrônica do APM, Versão Digital, CD 03, p. 70-71 do v. 14<br />

da Revista de 1909.

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