QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
prio para fazer entrar nos cofres de el-rei , nosso senhor, os
quintos que são devidos a S. Majestade com o menor descaminho
que couber no possível”.
Era preciso preservar a galinha dos ovos de ouro, ou seja,
“Salva rerum substancia”, propôs o futuro marquês de
Pombal, enfatizando a prevalência do primeiro objeto sobre os
demais.
Pombal faz demonstrações e compara as contas das várias
receitas tributárias em todo o Brasil, onde as Minas eram
o maior contribuinte e fonte, concluindo que sua ruína seria a
ruína do Brasil e do Reino.
Assim, argumenta que “se nas referidas Minas se animam,
promovem e adiantam os grandes serviços e os maiores
descobertos, todos os interesses políticos e pecuniários que
acabo de indicar acima se aumentam à mesma proporção de
que vão crescendo os ditos descobrimentos e os ditos serviços.
De sorte que quanto mais se fertilizam as Minas mais se
seguram as mesmas Minas e o Brasil e mais se enriquece o
erário deste Reino, ainda sem cobrar um só vintém de quintos”.
Concluiu que “Estes são pois os motivos com que acima
disse que os dois primeiros objetos, de conservarmos as Minas
e de aumentarmos nelas os grandes 1642 serviços e os maiores
descobrimentos, são os essencialíssimos e principalíssimos
pontos de vista da resolução que se deve tomar; e que o
terceiro objeto da cobrança dos quintos somente se devia
contemplar secundariamente, “salva rerum substancia”, sem
tocarmos de nenhuma sorte nos outros dois pontos principais
que deixo indicados; isto é o que se conforma quanto a mim /
demonstrativamente não só pela razão e autoridade, mas
também pela experiência”.
De sorte que, mesmo perdendo parte da arrecadação dos
quintos – que não ocorreria, conforme demonstra – esta suposta
perda seria um preço “(...) não só barato, mas de graça,
1642 Rolo 48, p. 525-b.