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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

de: “Tamanduá, onde logo cheguei, deve a sua fundação a um<br />

punhado de criminosos que fazia uns cem anos tinha ido procurar<br />

asilo no meio das matas cerradas da região”. Pelo fato<br />

de terem matado um papa-formigas no local, onde se tinham<br />

instalado, esses homens deram ao local o nome de Tamanduá,<br />

que tanto em português, como em Guarani, designa o comedor<br />

de formigas 350 . Descobriu-se ouro ali, a população do<br />

lugarejo foi aumentando, e em 1791 o arraial foi elevado a<br />

cidade (...)” 351 .<br />

Pela época provável, 1719, pois “fazia uns cem anos”,<br />

a povoação poderia ter-se iniciado com os revoltosos de Pitangui<br />

que haviam fugido “para a banda sul do rio Pará” 352 .<br />

Tendo o bando se retirado para os Goiases, a região ficou terra<br />

de ninguém, ou “povoação de gentalha e pretos”. Descoberto<br />

o ouro, surgido o vilarejo, é que teria, então, aparecido o<br />

outro paulista, Feliciano Cardoso de Camargo, advindo de um<br />

outro quilombo.<br />

350 Obs.: a língua geral, falada pelos paulistas era um misto de tupi-guarani e espanhol; os poucos índios nati-<br />

vos dessa região falavam outras línguas, geralmente botocudas, e não o guarani.<br />

351 Viagem às Nascentes do Rio São Francisco, p. 87.<br />

352 Arquivo da Casa dos Contos de <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 126.<br />

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