QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Considerado o acuse de 90 casas para o Quilombo Nova
Angola no mapa de França, esse quilombo teria uma população
de 540 almas, estimando-se 6 habitantes por casa.
Quilombo Boa Vista (II) Casas 200 - Pinhão ou
Chapéu (Santana)
O mapa de França colocou o nome “Quilombo da Boa Vista”
2077 junto às nascentes do ribeirão São Pedro de Alcantra,
portanto, logo acima do quilombo anterior que a sobreposição
indicou ser o Nova Angola.
Na primeira edição localizáramos o “Quilombo Boa Vista
II” sob as hipóteses provisórias que nos levaram a Capetinga
ou a São Sebastião do Paraíso/São Tomás de Aquino.
Ao reavaliar a sobreposição de mapas, tivemos em conta
a posse paulista de 3 de outubro de 1761 que, além de mencionar
o Morro do Chapéu, aludiu formalmente a que “agora
se toma e ratifica a posse do ribeirão de São Pedro de Alcântara
e Almas e outros que fazem barra no mesmo ribeirão,
juntamente o ribeirão dos Pinhais e suas vertentes e contravertentes,
(...)” 2078 . Realmente, o ribeirão do Pinheirinho, que
tem suas nascentes no morro Vermelho, serra de Santana e
Pedra do Mamote, contravertentes do rio São João e Jacuí, é a
principal das nascentes do rio Sapucaí-Mirim 2079 .
Assim, a toponímia encontrada nesta sobreposição indicou-nos,
além do comuníssimo nome “Boa Vista”, as seguintes
hipóteses:
a) um local onde poderia ter existido o “Quilombo do
Pinhão, Casas 100”, citado como “Pinheiro” na posse do Padre
Melo e como o “Quilombo do Pinheirinho”, no processo
de Paiva Bueno;
2077 Que diferenciamos como “Boa Vista II”, para distigui-lo do “Boa Vista I”, onde o capitão França “fez a
situação” em 1760, localizado, este último, em território ao sul do atual município de Campos Gerais.
2078 Documentos Interessantes – SP, v. XI, p. 68-69.
2079 Cartas topográficas de Monte Santo de Minas e Itamoji, IBGE, 1:50 000, 1970.