QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
em São João da Chapada uma música e letra que a essa pena
se referem:
“Ei ê lambá! (desgraça, sofrimento)
Quero me acabá no sumidô;
Quero me acabá no sumidô!
Lamba de vinte dia!
Ei lambá!
Quero me acabá no sumidô!” 2257
As reações contra a denúncia de 1756 sobre uma suposta
insurreição confederada só começam a ser implementadas
em 1757. Diogo Bueno da Fonseca e Bartolomeu Bueno
do Prado foram contratados para a guerra aos quilombos. Nada
de concreto aconteceu até que Gomes Freire, em 28 de abril
de 1758, retornasse ao governo do Rio de Janeiro e de toda
a, de fato, renascida Repartição Sul.
Até inícios de 1759, Diogo Bueno deteve a confiança
e o comando dos preparativos e batalhas às Relíquias do Quilombo
do Ambrósio. Perdeu, no entanto, o comando para seu
primo Bartolomeu Bueno do Prado, como consignou Almeida
Barbosa, entendendo até que “Diogo Bueno começara a criar
casos, com planos novos, em vista provavelmente da posição
secundária que lhe coube” 2258 .
Bueno atacara as Relíquias do Ambrósio-I e, por certo,
obtivera informações sobre o Ambrósio-II, pensávamos. Hoje,
vimos que, na verdade, Gomes Freire ordenara segredo sobre
os planos gerais, cuja geografia das batalhas só foi informada
a Bartolomeu Bueno do Prado. Tendo sido proibido falar-se
da destruição da Povoação do Ambrósio, deve ter sido proibido
também qualquer registro ou notícia da destruição das relíquias
desse primeiro Quilombo do Ambrósio.
“Afinal, a 18 de junho (1759), parte a expedição, levando
capelão, cirurgião, botica, índios, negros como guias e
2257 O Negro e o Garimpo em Minas Gerais, p.115.
2258 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 46, o que é confirmado em APM-SC-123, p. 72 e v; APM-SC-
123, p. 72-b; SC-123, p. 69v. e 70; APM-SC-123, p. 71 e APM-SC-123, p. 67 e v.
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