13.04.2013 Views

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

O cargo de escrivão era provisionado pelo rei ou pelo<br />

governador da capitania e era um cargo remunerado.<br />

Havia escrivão em todas as áreas dos poderes, sendo o<br />

cargo muito concorrido pelos reinóis que, sem sequer virem<br />

para o Brasil, conseguiam as provisões cujo exercício vendiam<br />

ou arrendavam a outros reinóis que viessem ou já estivessem<br />

nas minas.<br />

Outros servidores da Câmara eram os almotacés, os<br />

alcaides, os juízes de vintena e os quadrilheiros 389 .<br />

“Em número de dois, os almotacés eram nomeados<br />

para servirem apenas dois meses por ano. E escolhiam-se de<br />

preferência aqueles homens que já haviam pertencido ao Senado<br />

da Câmara” 390 . Eram empossados e fiscalizados pelo<br />

juiz ordinário, e “tinham a seu cargo julgar as infrações às<br />

posturas do Concelho”.<br />

“Podiam e deviam os almotacés, por palavra, saber de<br />

testemunhas se os oficiais carniceiros, padeiros, vendeiros,<br />

almocreves, alfaiates, sapateiros, ferreiros, carapinas etc.<br />

(que eram geralmente negros e pardos forros ou “escravos de<br />

ganho”), obedeciam e cumpriam as posturas municipais” 391 .<br />

O alcaide tinha um escrivão, nomeado pela câmara, do<br />

qual se fazia acompanhar em suas rondas. Segundo as Ordenações,<br />

tinha “o alcaide, dito pequeno, os deveres de guarda<br />

da vila, de noite e de dia, de modo que não ocorresse malefício<br />

nem roubo algum; idem de tanger o sino a mandado dos<br />

juízes ordinários como sinal de recolher aos moradores; idem<br />

de aprisionar malfeitores e criminosos que topasse em ronda<br />

diurna ou noturna; idem de desarmar as pessoas portadoras<br />

de armas proibidas; enfim, cabia-lhe o policiamento da vila e<br />

seu termo”.<br />

389 Os quadrilheiros deixaram de ser tratados pela legislação após o ano de 1742. Ver Fiscais e Meirinhos – A<br />

administração no Brasil Colonial, Arquivo Nacional, 1985, p. 267.<br />

390 Pesquisando a História de Pitangui, p. 216.<br />

391 Pesquisando a História de Pitangui, p. 217.<br />

147

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!