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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

Onda Negra, Medo Branco<br />

Com o título acima, homenageamos o livro homônimo<br />

de Célia Maria Marinho de Azevedo, sobre o negro no imaginário<br />

das elites do século XIX, pois que tem – mudando o que<br />

deve ser mudado - muitas conotações com o que aconteceu no<br />

período do século XVIII que estamos narrado.<br />

Gomes Freire, mantido no Sul, deixara o governo das<br />

<strong>Minas</strong> nas mãos de seu irmão, e o governo do Rio de Janeiro,<br />

com o brigadeiro Matias Coelho de Souza. Em 14 de maio de<br />

1753, licenciado o brigadeiro, também o governo do Rio passou<br />

a José Antônio Freire de Andrade, o que não deixa de ser<br />

alguma recuperação do prestígio de Gomes Freire perante o<br />

poder colonial 1706 .<br />

As vilas mineiras ficaram entupidas de pretos supostamente<br />

forros, podendo significar o esvaziamento dos quilombos<br />

do Campo Grande, ou o avanço destes para as vilas entranhando-se,<br />

seus agentes, em todas as áreas sociais destas. Os<br />

homens-bons entraram em pânico.<br />

Os homens-bons da Câmara de Mariana, em denúncia de<br />

26 de fevereiro de 1755 ao governador, pediram providências,<br />

porque “havendo neste distrito quantidade de mulatos e negros<br />

que, vagabundos e sem ofício, discorrem pelos arraiais<br />

deles exercitando-se em latrocínios e mortes, em graves prejuízos<br />

dos povos; se aumentam os insultos pelas liberdades<br />

com que muitas vezes se introduzem com os capitães-do-mato<br />

e ajustam não serem castigados como merece a sua soltura; e<br />

parece seria meio de juntar este, mandando Vossa Senhoria<br />

publicar por bando que todo negro ou mulato forro que não<br />

se exercitar em algum ofício, (...) seja preso e exterminado do<br />

País; e os que andam a título de forros sem muitas vezes o serem,<br />

sejam presos para, na prisão, se averiguar quem são<br />

seus senhores; ou dizendo que têm carta de liberdade, esqua-<br />

1706 Verbetes nºs. 5203 e 5369 do IMAR, respectivamente Cx. 63 – Doc. 6 e Cx. 66 – Doc. 25, AHU, de 14<br />

de maio de 1753 e 11 de novembro de 1754.<br />

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