QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Parece que o diabólico Martinho de Mendonça tinha razão
quando, antes de implantar a capitação, avaliando positivamente
a retirada dos paulistas das Minas Gerais, concluiu
no ano de 1736 que “depois que alguns castigos foram aplicados
com rigor e celeridade, domaram e extinguiram o espírito
de sedição; e os cabedais e estimação influíram máximas
de honra em quem as não tinha. E do Reino passaram (vieram)
novamente pessoas quietas e criadas com respeito e igualdade,
começaram a cultivar os habitantes fazendo que
hoje são de grande valor e rendimento se poder afirmar com
grande louvor de quem os tem governado, que não tem, el-rei,
vassalos mais obedientes e que mais facilmente sacrifiquem
grossos cabedais a serviço de el-rei e que os ministros de S.
Majestade nas Minas são tratados com suma veneração e,
não só obedecidos, mas também temidos tendo, com alguns,
dado, os súditos, a última prova da sua paciência e sujeição”
2376 .
Anote, pois, povo mineiro, que a derrama imposta aos
nossos homens-bons, bem como os sofismas ridículos que se
usaram para disfarçar a imposição, tudo isto se fez de forma
unânime, unindo de um só lado, tanto a Alexandre de Gusmão,
Gomes Freire e seus asseclas do findo governo de dom
João V, como os seus opositores, os novos donos do poder do
iniciado reinado de dom José I, liderados pelo futuro marquês
de Pombal, todos eles contando com a certeza da nossa obediência,
paciência e sujeição.
A Primeira e Única Derrama das Minas Gerais
Os mentores e fomentadores do sistema de derrama nas
Minas Gerais não quiseram terceirizar a contratadores a garantia
da cota fixa de 100 arrobas. No entanto, costuraram na
lei um sistema apequenador de gentes, indo desde a denúncia
2376 Verbete nº. 13908 do IMAR/MG, Cx. 33, Doc. 1, do AHU.
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