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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

Tomaz Antônio Gonzaga disse que “o Alferes era homem<br />

que podia fazer muito mal à gente pelo seu fanatismo”<br />

220 .<br />

O capitão Vicente Vieira da Motta qualificou-o de<br />

“um homem perigoso” 221 .<br />

O pe. Carlos Correia de Toledo e Mello confessou que<br />

“Tiradentes era o autor principal em tudo” 222 .<br />

O corrupto pe. Rolim, fez-lhe justiça desbocada e valente:<br />

“O Alferes era um herói, que se lhe não dava morrer<br />

na ação, contanto que ela se fizesse!” 223 .<br />

O Alferes, em seus interrogatórios, a princípio negou a<br />

existência de um movimento; depois, admitiu-o: “tinha entrado<br />

em projetos de sublevação, e as suas falas a este respeito<br />

eram sem malícia, nem sabia de sócios (...)” 224 . Ao final, o<br />

GIGANTE resolveu assumir toda a culpa.<br />

Enquanto companheiros tremiam de medo e muitos<br />

delatavam uns aos outros, Xavier confessou todos os “seus<br />

crimes”, agredindo o falso pundonor do poder lusitano e, ao<br />

mesmo tempo, procurando inocentar a todos os companheiros.<br />

Assim, teve, ao final, mantida sua pena de morte, “por ser<br />

o único que na forma da dita carta se fez indigno da piedade<br />

da mesma senhora” 225 . Isto é que faz de Tiradentes um herói,<br />

mesmo porque na Inconfidência Mineira não houve batalha,<br />

onde efetivamente se forjam os bravos.<br />

Os Negros na Inconfidência<br />

A situação jurídica dos pretos escravos no século XVI-<br />

II era tão ínfima que, nos inventários e testamentos de seus<br />

220 Tiradentes, p. 137, citando a revelação de Cláudio no seu depoimento de 2 de julho de 1789.<br />

221 Tiradentes, p. 137, citando “Autos de Devassa da Inconfidência Mineira”, v.1º, p. 108 e 109.<br />

222 Tiradentes, p. 137, citando “Autos de Devassa da Inconfidência Mineira”, v. 3º, p. 410.<br />

223 Tiradentes, p. 137, citando “Autos de Devassa da Inconfidência Mineira”, v. 4º, p. 146.<br />

224 Tiradentes, p. 151.<br />

225 Tiradentes: A Inconfidência Diante da História, 1º v., p. 265.<br />

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