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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

cento e vinte com vários negros e crias que se batizaram de<br />

dez e de doze anos de cuja conquista o dito excelentíssimo<br />

general apresentou na Secretaria do Estado dos Negócios do<br />

Reino e Ultramar duas cartas tipográficas (...)” 1480 .<br />

Essas cartas tipográficas talvez sejam os mais importantes<br />

documentos sobre a primeira grande guerra do Campo<br />

Grande; não sabemos onde se encontram; nenhum historiador<br />

diz tê-las conhecido; pensávamos estarem arquivadas em Portugal,<br />

mas a leitura dos documentos contidos no IMAR-<br />

MG 1481 tirou-nos a esperança, pois nenhuma pista encontramos<br />

1482 .<br />

Assim, o total de prisioneiros – consideradas somente<br />

as rendições documentadas - teria sido, no mínimo de cento e<br />

oitenta e tantos negros; os mortos seriam vinte e tantos mais<br />

uma quantia que represente a expressão “uma grande mortandade”.<br />

É gritante, porém, que uma violenta diminuição da<br />

capitação tenha ocorrido exatamente na seqüência deste ataque<br />

aos quilombos: “(...) achando-se já muito diminuto o produto<br />

da capitação, porque a remessa que se fez no ano passado<br />

de 1746 e pertencia ao que findou no último de julho do<br />

mesmo ano não se compunha só do ouro pertencente ao ano<br />

que tinha acabado, mas do ouro que se tinha cobrado pertencente<br />

ao ano que principiou no primeiro de julho do dito ano<br />

e havia de acabar no último de junho deste ano de 1747, de<br />

que se mostra a diminuição que tem tido, a qual há de crescer<br />

à proporção que forem faltando os mineiros” 1483 .<br />

1480 Revista do Archivo Público Mineiro, Ano II, 1897, p. 376.<br />

1481 Inventário dos Manuscritos Avulsos Relativos a <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, Existentes no Arquivo Histórico Ultrama-<br />

rino (LISBOA), coordenado por Caio C. Boschi, 3 v.s com os verbetes, e documentos contidos nos 54 discos<br />

CD-RUM do projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco.<br />

1482 Como já vimos, Gomes Freire tinha mesmo uma prensa tipográfica. Por outro lado, em 1748 chegou a<br />

São Paulo a notícia de que uma carta régia proibiu, nesse ano, o funcionamento de qualquer tipografia no Brasil<br />

– in História da Civilização Paulista, p. 90.<br />

1483 Relato do desembargador frei Sebastião Pereira de Castro em 12 de dezembro de 1747, Códice Costa<br />

Matoso, v. 1, p. 455.

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