QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
não localiza esse Quilombo despejado” 1961 . Almeida Barbosa
diz, no entanto, que “achava” ser o mesmo local atacado em
1746, no que se enganou.
A expressão “Quilombo Grande” foi utilizada em
1757 pelo governador José Antônio para se referir àquele quilombo
que ficava junto ao do Ambrósio “que da outra vez foi
destruído”, na região dos atuais municípios de Cristais, Aguanil
e Guapé, mesmo porque Diogo Bueno não esteve presente
ao ataque de 1759.
O neto de Bartolomeu e suas testemunhas no processo
de 1800 não usam a expressão “Quilombo Grande”, preferindo
usar no lugar a expressão “Quilombo Queimado”. Quanto
ao novo Ambrósio – provavelmente o de Ibiá - se referem a
“Campo Grande” e “Campogrande”.
O mapa do capitão França não usa a expressão “despejado”
utilizada por Almeida Barbosa 1962 no texto acima, e sim
a expressão “despovoado” para indicar os quilombos encontrados
desertos, sem população. Não menciona também o topônimo
“Quilombo Grande”. Porém, o maior de todos os balões
do conjunto do Triângulo Goiano é indicado no mapa do
capitão França apenas como “Quilombo do Ambrósio despovoado”.
Veja-se que as correspondências do governador não
mencionam mais o nome “Ambrósio”, falando apenas em
“Quilombo Grande”. Porém, o maior de todos, apontando
como “despovoado” no mapa do capitão França está rotulado
como Quilombo do Ambrósio. Este, portanto, é mesmo o
“Quilombo Grande” de que nos falou Almeida Barbosa:
“O Quilombo Grande, que era realmente grande, pelo
número de casas incendiadas pela gente de Bartolomeu Bue-
1961 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p.47.
1962 Correspondência do governador ao capitão Bartolomeu Bueno do Prado em 10 de setembro de 1759
refere-se a Quilombo “... Grande que Vossa Mercê achou despovoado”, e não despejado – in APM-SC 123 p.
103.
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