QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
tes caminharam do norte, do leste e do entresseio da serra, ao
sul do povoado do Pinhão. O povo foi se levantando devagar
e ninguém correu. Afinal, aquele jeito paulista de bater os
tambores era conhecido e dava a muitos, saudades de casa. A
divisão em três pelotões devia ser apenas exercício de manobra,
para acampamento tripartido, sem incomodar o povoado;
pensaram os pretos e carijós do Pinhão.
Ninguém sabe o que aconteceu. Pois quem viu, outra vez
pediu a Deus e se esqueceu. Aqueles morros que antes se
chamavam do Pinhal, hoje sem chamam do Moquém, nome
que os carijós e mamelucos doidos davam a uma grelha de varas
que usavam para assar ou secar as carnes ou o peixe que
comiam.
Esse quilombo, que segundo o mapa de França tinha
cem casas ou seiscentos habitantes, não sendo o Pinheiro ou
Pinheirinho, não constou dos termos de posse do padre João
Correia de Melo.
Bartolomeu Bueno do Prado não pôde parar a matança.
Precisava achar os pretos e carijós do Caeté, antes que
começassem a espalhar falsidades. Havia notícias de um descoberto,
depois do sítio da Caconda, onde tinha muito preto,
carijó e gentalha paulista, para onde na certa haviam fugido os
pretos do Caeté.
Assim, deu nos rumos uma guinada radical a noroeste
e foi atacar aquele quilombo que, no mapa do capitão França,
foi chamado de Quilombo do Careca.
O território da atual cidade paulista de Divinolândia
pertencia ao sítio que, como um todo, era chamado pelos quilombolas
de Caconde ou Cacondé, topônimo que se perpetuou
na atual cidade de Caconde 2165 .
O sítio exato do quilombo do Careca, segundo topônimos
atuais no território da atual Divinolândia, assim se de-
2165 Mapa de 1862 registrou “Bom Sucesso ou Caconda”.