QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
cluir no sistema de casas de fundição a obrigação de pagar
quantia certa de cem arrobas de ouro, sob pena de derrama.
As câmaras das vilas sedes de comarcas se apavoraram
e, simultaneamente, entre 3 e 11 de maio de 1751, escreveram
cartas ao rei elogiando a extinção da capitação e a implantação
das casas de fundição, mas repudiando veementemente a
derrama. Entre os vários argumentos, alinharam as deserções
que a capitação provocara nas Minas, diminuindo em mais de
90% a escravaria de cada fábrica pelo confisco, pela fuga e
por uma inexplicada mortandade. Nada falam, porém, da
guerra de 1746 1614 .
Mesmo depois da morte de Gomes Freire, o mistério
continuou. A expedição de Luiz Diogo Lobo, ao passar na Fazenda
do Quilombo de Formiga em 12 de setembro de 1764,
deixou apenas o registro de que “Neste dia se marchou para o
sítio de Antônio José e nele se formou uma esquadra de cavalaria
auxiliar 1615 , por não haver gente para mais, nem milícias
- 4 léguas”. Dali, foram para a Capetinga e, depois, para
o Piu-í, onde o mesmo Antônio José recebeu o comando também
das tropas desse arraial 1616 . Ora, o “Sítio de Antônio José”
se chamava Fazenda do Quilombo. Luiz Diogo sabia disto,
pois concedeu sesmaria com este nome ao Antônio José.
Além disto, recebera o mapa do Campo Grande do capitão
França mostrando a Primeira Povoação do Ambrósio em Cristais,
logo abaixo de Formiga. O mapa-roteiro da sua expedição
mostra vários quilombos, menos o quilombo de Formiga e
a Primeira Povoação do Ambrósio, apesar de registrar o roteiro
entre a cachoeira do Gondim, o rio Formiga e o rio Piu-í
1617 . A omissão, sem dúvida, foi proposital.
O topônimo “Quilombo” do atual município de Formiga
era antigo, notório e muito referido nas cartas de sesmarias da
região. Segundo o prof. Waldemar de Almeida Barbosa, “em
1614 Verbetes nºs. 4752, 4765. 4778, 4780, 4781, 4784 e 4788 do IMAR/MG.
1615 Continuaram sob o comando do próprio Furriel Antônio José da Silva.
1616 Verbete nº. 6796 do IMAR/MG, Cx. 85, Doc. 34 do AHU.
1617 Não mostra também o quilombo “O Fala” ou Aguapé, bem como, o Pedras de Alpinópolis.