QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Ambos os locais citados, segundo o mapa “das divisas”
feito por José Joaquim da Rocha em 1780, estavam situados
dentro dos limites da Capitania de Goiás.
Inexistem evidências de que as tropas de Bartolomeu
Bueno tenham atacado esse núcleo, cujo balãozinho dando-o
como “despovoado” no mapa do capitão França, não contém a
palavra “quilombo”.
Quilombo do Indaá Casas 200
Na primeira edição deste livro, esse quilombo foi localizado
“entre os municípios de Estrela do Indaiá e Serra da
Saudade”. Retificamos.
O mapa do capitão França o localizou junto às nascentes
de um afluente direito (sic) do rio Paranaíba, tendo colocado
este último (e não o Indaiá) correndo de norte a sul e desaguando
muito antes da estrada de São Paulo para Goiás. Como
se vê, é um absurdo geográfico que inviabilizaria a localização
de mais este quilombo.
O nome Indaá se repete nos documentos mais antigos,
passando a ser Endaial, Andaial, Andaiá e Indaiá nos mais recentes.
Segundo Luiz Caldas Tibiriçá, indaiá é o mesmo que
inajá, nome de uma palmeira, ou o fruto da palmeira pindó
1899 . O Dicionário Aurélio século XXI apresenta ainda anajá
e anaiá. Sem dúvida, o vocábulo adveio da língua geral falada
pelos paulistas e seus índios, enfatizando-se que os índios nativos
da região falavam outras línguas.
O Mapa da Conquista – 1784 de Inácio Correia Pamplona
1900 o nomeia como “Andayá” e o aponta entre as nascentes
do rio Onze Mil Virgens e um suposto afluente do Bambuí ou
Perdição. A localização mostra-se, ainda, às vertentes esquerdas
das nascentes do rio Indaiá.
1899 Dicionário Guarani-Português, p. 73.
1900 Quilombo nº. 35, In Cartografia das Minas Gerais – Da capitania à Província, encarte.