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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

rentes a 1760, embora tenhamos examinado os anteriores e<br />

os posteriores 2290 a essa data” 2291 .<br />

Como se vê, sete historiadores, entre os quais o linhagista<br />

Pedro Taques, parente de Bartolomeu Bueno do Prado,<br />

estariam todos errados; somente Almeida Barbosa estaria certo.<br />

Como já comprovamos várias vezes, nem sempre ele está<br />

certo. Desta vez, também está equivocado.<br />

Almeida Barbosa deveria ter tido mais respeito com<br />

Pedro Taques, um historiador que nunca inventou fatos históricos<br />

e que, além disto, é contemporâneo aos fatos que narrou,<br />

alertamos na primeira edição.<br />

Sobre isto, Sebastião Pimenta Ribeiro, “homem branco,<br />

casado, morador na Freguesia das Lavras onde vive de<br />

sua lavoura”, com mais de setenta anos quanto prestou depoimento<br />

em 1800 no processo do neto de Bartolomeu Bueno do<br />

Prado, ao ser inquirido sobre a ascendência de Bartolomeu<br />

Bueno do Prado, disse “que ele testemunha sabe pela razão<br />

de achando-se ele testemunha há muitos anos na cidade de<br />

São Paulo e na diligência de uma inquirição de gênere e,<br />

procurando saber certa circunstância ao sargento-mor Pedro<br />

Taques, este mostrou a ele testemunha um livro donde contava<br />

a ascendência da família do justificante, além de ser notório<br />

2292 ”.<br />

Portanto, Pedro Taques também deve ter tido notícia<br />

da mortandade do Campo Grande diretamente de Sebastião<br />

Pimenta Ribeiro, testemunha presencial do massacre, visto<br />

que o serviço de levantamento genealógico que fazia, por volta<br />

de 1765, diretamente com o linhagista, era para atender pedido<br />

do próprio Bartolomeu Bueno do Prado, de quem foi<br />

companheiro de batalhas no Campo Grande.<br />

Da mesma forma, não tivemos alcance aos acórdãos<br />

de 1760 de Vila Rica e nem de São João Del Rei, como insi-<br />

2290 Só existem posteriores a partir de 1771.<br />

2291 Negros e <strong>Quilombo</strong>s em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 43.<br />

2292 Rolo 140, p. 116-b a 119-a do Verbete nº 11295 do IMAR/MG, Cx. 155, Doc. 7, AHU, 9 de dezembro<br />

de 1800.

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