QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
rios, mandou Luiz Diogo abrir diversas picadas, para se comunicarem
os moradores de uma e outras povoações; estabeleceu
registro com guardas e criou fiéis para permuta de ouro”
2386 . Na verdade, Luiz Diogo procurou, isto sim, impedir e
obstruir os antiqüíssimos caminhos que ligavam a região à extinta
Capitania de São Paulo.
Como revela o contexto cronológico até aqui demonstrado,
ficam evidentes as razões pelas quais Luiz Diogo Lobo,
empossado em 28 de dezembro de 1763 no governo de Minas,
resolveu fazer imediatamente a tal viagem ao Sul e Sudoeste
das Minas Gerais. Quis, em face do iminente restabelecimento
da Capitania de São Paulo, consolidar o esbulho que Gomes
Freire impusera aos paulistas, mesmo porque não conseguiria
forjar uma nova falsa-solução de uma outra derrama.
A Tomada do Sapucaí e Sertões do Jacuí
Termo lavrado pelo secretário Cláudio Manoel da Costa
dá conta de que a tropa saiu “de Vila Rica no dia 15 de agosto
e, de São João Del Rei, a 5 de setembro (de 1764), em direitura
aos novos descobertos de São João do Jacuí, São Pedro
de Alcântara e Almas, que distam da mencionada vila de setenta
e uma léguas, com as passagens do rio Grande, onde
faz barra o do Sapucaí, de que passaram aos de Cabo Verde
(...) e destes para os do Ouro Fino, (...) depois (...) nas vizinhanças
do rio Jacuí, registro das "Alandá", Sapucaí, Campanha
do Rio Verde, Baipendi, Pouso Alto, Registro do Capivari
e, deste, pela serra da Mantiqueira até o Arraial do Tajubá,
do que voltaram ao mesmo Capivari "portriam" uma
estrada pela capitania seguindo a Itaoca, cabeceiras do rio
Grande, Ibitiboca, de que desceram pelo dito rio Grande até
a ponte chamada da Cachoeira com mais de três meses de
2386 Revista do Archivo Público Mineiro, v. 8, Fasc. I e II, p. 476.
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