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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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700<br />

<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

destruiu e do qual tomou posse para a Vila de São João. Já<br />

agora, tendo deixado a Bacia do São Francisco, entrou pelas<br />

vertentes do rio Grande. Incendiou o <strong>Quilombo</strong> do Careca e<br />

do terreno tomou posse para a Câmara de São João” 2003 .<br />

Em seguida o autor fala do auto da posse feita pelo<br />

padre João Correia de Melo sobre um tal quilombo do “Creça”<br />

que, a seu ver é o “Careca” também incendiado por Bartolomeu.<br />

Fala do próprio “mapa de todo o campo Grande,<br />

tanto na parte da Conquista, que parte com a Campanha do<br />

Rio Verde e São Paulo, como do Piui e Goiases”. Fala ainda<br />

do <strong>Quilombo</strong> Morro (sic) da Angola, onde “foram presos 25<br />

negros, algumas crias, quase todos de nação angola” 2004 . Onde<br />

será que se encontram estes e tantos outros documentos<br />

que, sem dúvida, deram os informes trazidos por Almeida<br />

Barbosa?<br />

Apesar de não citar a fonte, a evidência é a de que<br />

Almeida Barbosa pode ter obtido tais informações nos arquivos<br />

de São João Del Rei. O próprio mapa que cita apresenta<br />

as seguintes diferenças em relação ao mapa do capitão França,<br />

que localizamos no Instituto de Estudos Brasileiros – IEB, da<br />

USP, Coleção da Família Almeida Prado: a) o título do mapa<br />

de Almeida Barbosa omitiu entre as palavras “Piui ... e Goiases”<br />

a expressão “cabeceiras do rio de S. Francisco”; b) o<br />

número de 110 casas que aponta para o <strong>Quilombo</strong> do Careca,<br />

no mapa do capitão França é de 220 casas; c) o mapa do capitão<br />

França traz a grafia Mammoí e não Mamboí, como apontou<br />

Almeida Barbosa; d) também o quilombo angolano é nominado<br />

de Nova Angola, e não Morro da Angola, no mapa do<br />

capitão França.<br />

Na primeira edição atribuíramos uma certa desatenção<br />

a Almeida Barbosa na análise do mapa. Caso o mapa que consultou<br />

tivesse sido outro, seria um terceiro mapa, pois seria<br />

diferente também daquele mencionado no processo de 1800<br />

2003 Negros e <strong>Quilombo</strong>s em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 50-51.<br />

2004 Negros e <strong>Quilombo</strong>s em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 50-51

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