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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

“Antônio de Castro Alves nasceu em 1847 e morreu<br />

em 1871 na Bahia. Poeta do terceiro momento do romantismo,<br />

sua poesia não reflete mais aqueles exageros sentimentais<br />

do ultra-romantismo, sendo mais presa ao real, e o seu<br />

romantismo é o das reformas sociais, reivindicações abolicionistas<br />

(...)” 2563 .<br />

“Um dos esteios principais da poesia abolicionista de<br />

Castro Alves, 'Navio Negreiro' é poema diretamente ligado ao<br />

problema específico do tráfico de escravos. Composto em São<br />

Paulo a 18 de abril de 1868, o poema já estava bem distanciado<br />

no tempo das leis de extinção do tráfico (1850 e 1854) e<br />

do último desembarque clandestino (1855). Por isso mesmo,<br />

deve ser encarado como fragmento épico e não como poesia<br />

político-partidária, de intenção circunstancial imediata. É evidente<br />

que isso não tira o mérito do poema, pelo contrário,<br />

vai colocá-lo numa perspectiva de atemporalidade, remetendo<br />

o leitor para uma colocação ética diante das evidências<br />

históricas do tema poetizado; afinal, em 300 anos de tráfico<br />

foram transplantados, à força, para a América 70 milhões de<br />

pretos” 2564 .<br />

A verdadeira literatura abolicionista, a meu ver, foi<br />

aquela propagandística que se fez presente nos jornais e periódicos,<br />

principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro. Nesses<br />

jornalecos valia de tudo para a propaganda republicana que,<br />

para se impor e conquistar adeptos, se valia do liberalismo e,<br />

por conseqüência, do abolicionismo.<br />

Os abolicionistas estiveram, invariavelmente, ligados à<br />

Maçonaria, os mais intelectuais estudavam em São Paulo, na<br />

Faculdade de Direito do Largo de São Francisco: Castro Alves,<br />

Rui Barbosa, Raul Pompéia, entre outros.<br />

O maior e mais legítimo de todos os abolicionistas,<br />

Luiz Gama, no entanto, apesar de morar em São Paulo e de<br />

ser maçom, não estudou na Academia do Largo de São Fran-<br />

2563 Literatura Brasileira, p. 51.<br />

2564 Antologia da Literatura Brasileira, p.123.<br />

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