13.04.2013 Views

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

518<br />

<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

o registrou bem mais próximo da margem direita do ribeirão<br />

da Conquista do que da margem esquerda do Sapucaí. Assim,<br />

a maior probabilidade é mesmo Alpinópolis.<br />

O mapa topográfico de 1959 1463 registra na região de Alpinópolis,<br />

entre outros, os seguintes indícios toponímicos quilombolas:<br />

a) entre os rios Conquista e Cancãs, local e córrego<br />

com o nome de Angola; b) ainda entre os mesmos rios, cercanias<br />

urbanas da cidade, dois locais com nome de Conquista,<br />

Alto das Cruzes, serra do <strong>Quilombo</strong> e duas fazendas do <strong>Quilombo</strong><br />

(J. Vilela e Tomé Vilela); c) dentro da forquilha dos<br />

rios Conquista e Conquistinha, local com o nome Goiabeira,<br />

entre a primeira Conquista e a serra da Ventania.<br />

Em 17 de setembro de 1764, num local que em 1959 seria<br />

Vila Nova, margem direita do rio Grande, depois de passar<br />

em revista as duas tropas de ordenança comandadas pelo<br />

cabo-de-esquadra Francisco Mendes, o governador Luiz Diogo<br />

Lobo, comitiva, tropas e cargas, atravessaram o rio. Não há<br />

indicação de que São José da Barra já existisse 1464 . Em 18 de<br />

setembro de 1764, a comitiva marchou três léguas até a serra<br />

dos Cancãs 1465 onde acampou. O mapa de sua viagem mostra<br />

que em 19 de setembro de 1764 seguiu para o rio São João,<br />

atravessando a forquilha dos rios Conquista e Conquistinha<br />

sem, contudo, parar na região da Conquista ou Ventania.<br />

1463 Mapa de Guapé, IBGE, 1959, escala 1:100 000.<br />

1464 Mapa de José Joaquim da Rocha, 1778, mostra apenas um local (capela) com o nome de Passagem do rio<br />

Grande. A sesmaria de “S. José da Barra” indicada por José Eglair em seu livro História de Alpinópolis, p. 32,<br />

refere-se, na verdade, a São José da Barra Longa, hoje, Barra Longa, perto de Mariana, tratando-se, portanto,<br />

de uma indicação equivocada - Ver verbete nº. 5828 do IMAR/MG do AHU.<br />

1465 O ribeirão dos Cancans (cancãs) tem suas nascentes a leste da serra do <strong>Quilombo</strong> (sudeste de Alpinópolis<br />

e oeste de São José dos Mandembos, correndo rumo norte até desaguar no ribeirão da Laje que deságua no rio<br />

Grande. O local marcado como Ponte do Cancans fica entre Fundão e Sapateiro, a nordeste de Alpinópolis e da<br />

serra da Ventania. Evidente que o governador passou pelo local onde ficava o destruído <strong>Quilombo</strong> das Goiabei-<br />

ras, nome que Bartolomeu Bueno do Prado dissimulou, atribuindo o nome de quilombo das Pedras ou Goiabei-<br />

ras, oeste de Alpinópolis. Mapa de Guapé, 1959, Integrado ao IBGE, escala 1:100 000. O nome de CANCAM<br />

ou CANCÃS, hoje cancã ou cancãs, significa uma espécie de gralha ou gavião do cerrado.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!