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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

da, extraída de um antigo manuscrito, segundo a qual, Ambrósio<br />

teria sido adquirido por padres jesuítas, em Valongo,<br />

Capitania do Rio de Janeiro. Esses jesuítas, tendo fundado<br />

uma aldeia no interior do Triângulo Mineiro, o chamado posto<br />

do Tengotengo, teriam, depois de concedida a liberdade a<br />

Ambrósio e a sua mulher, Cândida, deixado o ex-escravo,<br />

como responsável pelo referido posto, situado nas cabeceiras<br />

do Quebra-Anzol. A organização do Tengotengo criou fama e<br />

foi atraindo novos elementos que, em seguida, chegaram a<br />

mais de mil” 1267 .<br />

Falando sobre Santa Ana do Rio das Velhas, Almeida<br />

Barbosa registra que, segundo algumas opiniões, foi fundada<br />

pelo coronel Antônio Pires de Campos em 1750 e logo confiada<br />

a jesuítas. Os nomes de tais jesuítas seriam: pe. José de<br />

Castilho 1268 , pe. Manoel da Cruz e pe. Francisco José 1269 . Alípio<br />

Goulart já cita pe. Caturra 1270 e pe. Custódio Duarte 1271 .<br />

1267 Negros e <strong>Quilombo</strong>s em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 32 e Revista do Archivo Público Mineiro, v. 9, Fasc. I e II,<br />

1904, p. 827 a 866.<br />

1268 Em 1759, este padre seria o Superior de Carapicuíba-SP – in A Igreja na História de São Paulo (1745-<br />

1771), 4o. v., p. 121. Segundo Luís Palacín, este padre foi enviado pelo governador de Goiás, a pedido da<br />

Câmara de Vila Boa, para fundar (refundar) a Aldeia do Rio das Velhas com 500 bororos de Antônio Pires de<br />

Campos – in Subversão e Corrupção – Um Estudo da Administração Pombalina em Goiás, 1983, p. 10.<br />

1269 Esses dois padres, tendo abandonado em novembro de 1759, “a aldeia marginal do Rio das Velhas, viaja-<br />

ram um mês e ao chegarem a São Paulo já os outros jesuítas haviam sido transportados ao Rio de Janeiro,<br />

para onde também seguiram e lá abandonaram a Companhia de Jesus” in A Igreja na História de São Paulo<br />

(1745-1771), 4o. v., p. 128.<br />

1270 Sempre desconfiei de erro na citação “um frade terceiro, por nome fr. José de Jesus por alcunha o Catar-<br />

ro” contida em Relatos Sertanistas, Taunay, Itatiaia-Edusp, 1981, p. 86 e Dicionário Histórico e Geográfico de<br />

<strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, de Valdemar de Almeida Barbosa, p. 362. Isto se confirmou: a novíssima edição do Códice<br />

Costa Matoso, p. 257, traz o correção para, o Caturra. Em 3 de janeiro de 2002, tive os originais em mãos e<br />

confirmei. É mesmo Caturra. Mas, que conotação poderia haver entre “um frade terceiro” que, em 1694 dizia<br />

missas para os bandeirantes e pioneiros do arraial do Guarapiranga, “por nome José de Jesus, por alcunha o<br />

Caturra”, com o mencionado pe. Caturra do folhetim de Carmo Gama? Neste mundo, nada se cria, tudo se<br />

copia. Pelo menos o falecido Xavier da Veiga que estudou na Academia de Direito, em São Paulo, pode ter<br />

tomado contato com os originais do Códice Costa Matoso. Isto, no entanto, levaria a versão real dos aconteci-<br />

mentos para o ano de 1746... em Arcos-Formiga-Cristais... será?<br />

1271 Este dois últimos padres, na verdade, são mencionados apenas no folhetim de Carmo Gama, <strong>Quilombo</strong>-<br />

las, uma Lenda Mineira Inédita publicado pelo APM.<br />

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