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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

Registramos correspondências entre o padre André Frazão,<br />

da Aldeia de Santana do Rio das Velhas, e o governador<br />

da Capitania de Goiás, conde de São Miguel – de 22 de agosto<br />

e 27 de setembro de 1755 - onde o primeiro reclama da falta<br />

de recursos para manter os catequizados, e o segundo confirma<br />

que o rei, “vendo as grandes somas que esta provedoria<br />

tem despendido com o catequizar dos pagãos que infestam esta<br />

capitania, me é dificultoso passar de admirado a crédulo, e<br />

nesta inspeção do discurso me conservar até que o tempo me<br />

introduza em um fixo conhecimento 1795 ” etc.<br />

Voltando a João de Godoy, o sucessor do Pai-Pirá: “E<br />

sucedendo, em 27 do mês de julho de 1755, matar, o gentio,<br />

no Arraial da Anta distante desta vila 12 léguas, um mineiro<br />

com quarenta e tantos escravos, que estavam minerando, foi<br />

logo mandado pelo Ilmo. gal. o dito capitão-mor em seu seguimento,<br />

e entrando-se pelo sertão os afugentou que até o<br />

ano de 1759 viviam os povos sossegados dos insultos dos ditos<br />

bárbaros” 1796 .<br />

Reclamando o prêmio do contrato firmado pelo seu pai,<br />

o herdeiro, Manoel Afonso Gaia, filho único de João de Godoy<br />

Pinto da Silveira, habilitando-se aos prêmios devidos pelo<br />

rei, comprova judicialmente que “se mostra pelas atestações<br />

de fl. 21 a fl. 39, passadas uma pela Câmara de Vila Boa de<br />

Goiases, e outra pelos moradores e viandantes do caminho<br />

que dirigia desde a cidade de São Paulo até as ditas <strong>Minas</strong>,<br />

que desde o mês de outubro do ano de 1755 até o mês de julho<br />

de 1759, em que também se passaram mais de três anos a<br />

mais, não tinha o dito gentio feito insulto algum no dito caminho<br />

e minas, quando antes eram freqüentíssimos” 1797 .<br />

Em 24 de julho de 1759, o intendente Luiz Antonio Rosado<br />

Cunha, de Vila Boa, informou ao secretário de estado<br />

Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre as “despesas na<br />

1795 Verbete nº. 5562 do IMAR/MG, Cx. 68. Doc. 33, 22 de agosto de 1755, AHU.<br />

1796 Verbete nº. 3113 do IMAR-SP, Rolo 41, Cx. 37, do AHU.<br />

1797 Verbete nº. 3113 do IMAR-SP, Rolo 41, Cx. 37, do AHU.

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