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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

da cobrança do quinto por casa da moeda”, mas que ele Gomes<br />

Freire, não podia “perder da memória as infelicidades,<br />

apertos, vícios e turbulências em que vi os moradores destas<br />

capitanias nos anos 1733, 34, 35 e que, neles confundidos os<br />

réus com os inocentes, era tudo clamores (...) e sustos, sem<br />

valer tanto horror a embaraçar a extração do ouro”. Apesar<br />

de admitir os inocentes no caso das moedas falsas, insistiu em<br />

que os “dois métodos propostos” pelas câmaras não eram melhores<br />

que a capitação, mas que o rei fizesse o que entendesse<br />

a real vontade.<br />

Em tom menos formal, Gomes Freire, em outra carta anexa,<br />

alerta o secretário Antônio Guedes Pereira de que os vereadores<br />

e moradores de Vila Rica “suspiram hoje (...) por<br />

fraudarem o quinto, exercício que sempre tiveram e porque<br />

trabalharam em outros tempos com insolente farsa e, depois,<br />

com perniciosa indústria”. Disse que a Fazenda sairia perdendo,<br />

pois as fraudes seriam mais propícias em 1745 do que<br />

já o eram em 1732-1735. Falou dos crimes que o fizeram implantar<br />

a capitação, das prisões que então fizera e da aberta<br />

imoralidade que havia, a exemplo de um tal João Pereira dos<br />

Santos a quem fizera prender em 1735 no Rio de Janeiro. Abordou<br />

a questão da morosidade das justiças, sugerindo que<br />

uma junta a ser criada nas próprias <strong>Minas</strong> julgasse os apelos e<br />

agravos dos mineiros, eliminado os recursos e agilizando as<br />

decisões. Quanto ao anterior episódio das moedas falsas, ironizou<br />

que os acusados, “na desgraça foram felizes, por presos<br />

e confiscados com contrabando e por concorrer para casas<br />

de moeda falsa, foram remetidos a esse conselho, soltos e<br />

restituídos a estas capitanias”. Concluiu que, na atualidade,<br />

em suas denúncias, “os oficiais da Comarca de Vila Rica perderam<br />

da memória estes e outros muitos distúrbios e maldades<br />

que naquele tempo tiveram uso e que, tornando as casas<br />

de moeda, crescerão os empenhos das <strong>Minas</strong> mais (...) do que<br />

hoje sente”. Fez insinuações de não “estarem despidos do interesse<br />

em que são sócios” tanto os povos das <strong>Minas</strong> como os<br />

“povos de mar”. O presente documento em análise continua<br />

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