QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
drão para a História do Brasil 2591 . Encheram a capital paulista
de estátuas, construíram o monumento do Ipiranga, também
chamado de monumento macarrone, e a catedral da Sé em estilo
neoclássico.
Para a sua afirmação, só faltava para esses novos brasileiros
uma “Guerra dos Emboabas”. Esta, ser-lhes-ia a chamada
Revolução Constitucionalista de 1932. Perderam, porém,
essa guerra de cunho nitidamente separatista – intrigamos
nós - a que, hoje, atribuem o pomposo título supracitado.
Em Minas, se os italianos influenciaram apenas o Sudoeste
e a capital Belo Horizonte, cederam-nos uma musiquinha
da qual, talvez para não pagar direitos autorais, fizemos o
nosso “hino não oficial” 2592 , como se não tivéssemos compositores
ou qualquer glória a ser cantada:
Oh! Minas Gerais! Cadê o nosso hino?
Agora, podemos ter um hino que, sem dúvida, haverá
de falar não só da Inconfidência Mineira, mas também do
Campo Grande. Quem se habilita?
Mulatos, Tupiniquins ou Macunaímas ?
Se as Minas Gerais não aderiram ao calor da luta abolicionista,
se não aderiram ao racismo e ao sectarismo da luta
imigrantista, aderiram de muitíssimo bom grado à expansão
2591 Ver frontispício do livro “Quadro Histórico da Província de São Paulo”, 1864, onde está escrito que “A
história da província de São Paulo será também a história geral do Brasil. Visc. de São Leopoldo, anais da
Província de São Pedro, p. 40”.
2592 Tratar-se-ia de uma valsa chamada Viene sul mare, cuja letra é “adaptação” feita por José Duduca de
Morais e gravada em 1942 – in www.mg.gov.br, site oficial do Governo do Estado de Minas Gerais, seção
“símbolos” e “hino” aferido em visita feita em 14 de janeiro de 2007. Este, no entanto, seria um plágio de se-
gunda mão, sendo o primeiro plágio, gravado entre 1909 e 1912 pelo seu autor Eduardo das Neves para saudar
o encouraçado Minas Gerais, onde se atribui ser a música original, de nome Two lovely black Eyes, de origem
escocesa. In Juvenília, Cantos, 2a. edição, 1952, Livraria Salesiana Editora, p. 223/226, podem ser encontradas
duas versões da Canção do Pescador, dada como “melodia alemã”, adaptação da poesia de J.O. Melo e Sousa
em “Vamos Cantar”. Secretaria do Bispado, Caxias do Sul, RGS”. Como se vê, muito do que pensamos ter,
não temos.
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