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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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22<br />

<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

além de seus primos João Leite da Silva Ortiz e Domingos<br />

Rodrigues do Prado, entre outros 27 .<br />

Antonil escreve antes de março de 1711, portanto, passados<br />

18 do fato: “Há poucos anos que se começaram a descobrir<br />

as minas gerais dos Cataguás, governando o Rio de<br />

Janeiro Artur de Sá; e o primeiro descobridor, dizem que foi<br />

um MULATO que tinha estado nas minas do Paranaguá e<br />

Curitiba. Indo a este sertão com um paulista a buscar índios<br />

e, chegando ao serro do Tripuí, desceu abaixo com uma gamela<br />

para tirar água do ribeiro que hoje chamam do Ouro<br />

Preto e, metendo a gamela na ribanceira para tomar água e,<br />

roçando-a pela margem do rio, viu depois que haviam nela<br />

granitos da cor de aço, sem saber o que eram, nem os companheiros,<br />

aos quais mostrou os ditos granitos (...)” 28 . Maiúsculas,<br />

nossas.<br />

“Tendo participado da bandeira de Bartolomeu Bueno<br />

de Siqueira, os Camargos – parentes de Siqueira – empreenderam<br />

nova entrada em 1695-1696, que deve ter deixado tardiamente<br />

São Paulo, e da qual terá feito parte o mulato Duarte<br />

Lopes, que ganhara experiência de mineração em Paranaguá.<br />

O capitão-mor desta bandeira há de ter sido José de<br />

Camargo Pimentel, que chegou ao Morro de São Sebastião<br />

(Tripuí, em Ouro Preto) a 20 de janeiro de 1696” 29 .<br />

“Pelas notícias que deram em São Paulo os primeiros<br />

sertanistas, que vieram do descobrimento das esmeraldas,<br />

com o capitão-mor Fernando Dias Paes, e principalmente pela<br />

dum Duarte Lopes, que fazendo experiência em um certo<br />

ribeirão, que disse desaguava no rio Guarapiranga 30 , de que<br />

com uma bateia tirava ouro, (...)” 31 .<br />

Augusto de Lima Júnior mudou o nome e, sem dar sua<br />

fonte, definiu a parte branca da etnia do mulato: “Quando o<br />

27 Relato de Bento Fernandes Furtado, de 1750, in Códice Costa Matoso, v. 1, p. 185- 191.<br />

28 Cultura e Opulência do Brasil, p. 164.<br />

29 Tarquínio J. B. de Oliveira, em Corografia Histórica da Província de <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong> (1837), v. 1, p.81.<br />

30 Guarapiranga, quer dizer guará, um pássaro; piranga, vermelho – Códice Costa Matoso, v. 1, p. 180.<br />

31 Relato do Mestre-de-campo José Rebelo Perdigão, in Relatos Sertanistas, p. 172.

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