QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
novo a roça do suplicante, além de matarem os seus gados e
mais criações em satisfação daquele assalto” 2453 .
“De grande quilombo teve-se notícia, em 1768, no rio
Pomba. O capitão regente das entradas, João Duarte de Faria,
organizou uma tropa; os moradores se dispuseram a ajudá-lo
na empreitada, fornecendo-lhe 40 alqueires de farinha,
oito capados, uma bruaca de sal; o governador ordenou aos
comandantes dos distritos vizinhos lhe fornecessem os homens
necessários, em número de 60. E assim foi liquidado o
Quilombo do Rio Pomba” 2454 .
“O Quilombo de Raposos, que existiu junto a esse arraial,
foi destruído pelo sargento-mor de Dragões Auxiliares,
Manuel Gomes Osório, com uma companhia do Regimento de
Ordenanças de pé e capitães-do-mato” 2455 .
“Nessa época, Manoel Pinto da Fonseca, morador na
Fazenda dos Olhos D‟água, Distrito de Papagaio, saiu com
seus fâmulos e escravos a pesquisar ouro nas cabeceiras do
rio Indaiá e Abaeté; e foi atacado por uma 'multidão de negros
fugidos armados'; não houve mortes; mas houve feridos
de ambas as partes. Três ou quatro negros caíram prisioneiros”
2456 .
“Em 1769, parece, houve um incremento geral nos
quilombos da capitania: surgiram quilombos, com grande
força, no termo de São José, onde dois cabeças, alcunhados
de Batiero e Beiçudo, implantavam terror; no sertão da Pedra
Menina, continente de Ressaca e Carijós; na Ponta do
Morro dos Prados: no extremo sul, divisas com a Capitania
de São Paulo, no Paraibuna, rio Pomba etc” 2457 .
Observe-se que esses dois quilombolas despontaram
como “os dois principais” dos quilombos de sua época.
2453 APM SC 60, fl. 44.
2454 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 68, citando Cód. 103, fl. 122, APM.
2455 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 68-69, citando Cód. 143, fl. 149, APM.
2456 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 69, citando Cód. 143, fl. 121, APM.
2457 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 69.