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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

zinhanças da picada que vai para Goiases, Termo da Vila de<br />

São José, Comarca do Rio das Mortes, entre as sesmarias<br />

concedidas a Roque de Souza e a Manoel Menezes Gomes”; a<br />

de Constantino da Silva, que partia, “pelo norte, com terras<br />

de João Gonçalves, pelo sul com matos gerais e com os mesmos;<br />

(...) pelo poente com terras de Antonio Franco, e fazia<br />

pião em a paragem chamada Cachoeira”; a do pe. Marcos<br />

Freire de Carvalho, “fazendo pião no caminho por onde algum<br />

tempo se ia para o <strong>Quilombo</strong>, correndo uma légua de<br />

terra para o mesmo <strong>Quilombo</strong>, outra para onde o suplicante<br />

tinha um moinho junto a uma lagoa, outra para a parte do rio<br />

chamado o Gama, (...)”; a de Manoel Lopes de Oliveira, “na<br />

paragem chamada o <strong>Quilombo</strong>, (...) que partia pela parte do<br />

sul com terras de Francisco Peixoto e Constantino da Silva,<br />

(...) fazendo pião no meio do capão que desaguava na capoeira<br />

dos Pinheiros do dito <strong>Quilombo</strong>, (...) 1497 ”.<br />

Muitas sombras cercam a destruição desses quilombos,<br />

onde habitavam os adjetivados negros-do-mato, aos quais –<br />

mesmo sem possuírem armas – Gomes Freire atribuiu roubos,<br />

seqüestros e assassinatos cruéis: O capitão França, 17 anos<br />

após a destruição do primeiro Campo Grande, cuja capital era<br />

o <strong>Quilombo</strong> Grande (Ambrósio-I, município de Cristais), ou<br />

seja, em 1763, refere-se a esse “quilombo” como Primeira<br />

Povoação do Ambrósio, despovoada; só utilizou a palavra<br />

“povoação” no mesmo mapa, para se referir à Povoação dos<br />

Buenos, onde residia Diogo Bueno com seus parentes. Tudo<br />

indica que não se tratou de um ataque a um quilombo e sim de<br />

uma chacina contra povoados de brancos pobres, pretos forros,<br />

seus escravos e escravos fugidos. Por que os historiadores<br />

mineiros que conhecem o mapa do Campo Grande nunca levantaram<br />

essa questão? Por que insistiram na inconsistente<br />

tese de um só <strong>Quilombo</strong> do Ambrósio, o de Ibiá?<br />

Concluímos que a metodologia utilizada pelos colegas<br />

anteriores, aliada ao preconceito e, no caso dos acadêmicos de<br />

1497 Revista do APM de 1909, v. 14, p. 74, 76, 120, 150 e 195; CD 03, imag. 39, 40, 62, 77 e 99.<br />

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