QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Pereira Caixote e a sua mulher, as queriam fazer boas com o
título de sesmaria” 1407 .
Como se vê, a existência da serra do Camapuã e o
nome Caixote do comprador, conotando-se com o nome da
serra da Caxeta, indicam que se trata do mesmo local. Assim,
deve ter sido mesmo nesse local, entre o córrego do Curtume
e a serra do Camapuã, ou seja, o Pé da Serra Camapuã,
que Oliveira acantonou e treinou as tropas que lhe foram arregimentadas
a mando de Gomes Freire.
Daí, fizeram, em parte, o caminho da picada de Urbano
do Couto e foram atacar os quilombos de Arcos/Formiga e,
do outro lado do rio Santana (Antigo Lambari), em Cristais,
atacaram a Povoação do Ambrósio, devendo ter atravessado o
rio Grande e atacado os demais, do que, no entanto, não há
notícia.
Essa falta de notícias, sem dúvida, deve estar ligada à
questão de fronteiras. Os “quilombos” destruídos em 1743 pelo
tenente Manoel Cardoso da Silva só podem ter sido aqueles,
provavelmente protegidos pelos paulistas, situados entre
os rios Grande, Verde e Sapucaí (Quilombos do Gondu, Calunga,
Trombucas, Quebra-pé, Boa Vista e Cascalho Velho,
entre outros). Ausente Francisco Martins Lustosa, que fora
para São Paulo falar com seu governador, muitos de seus correligionários
pretos podem ter atravessado o rio Grande em
defesa da Povoação do Ambrósio.
Essa tese esboçada na primeira edição confirmou-se
perfeitamente viável pela existência de várias itaipavas, pedras
que atravessam um rio de margem a margem, a partir da
então chamada serra da Esperança 1408 .
Continuamos a estudar a geografia dos fatos da grande
guerra de 1746 e registramos, a seguir, as conclusões a que
chegamos.
1407 Verbete nº. 6277 do IMAR/MG, Cx. 78, Doc. 79 do AHU.
1408 Ata da Guardamoria de Carrancas, lavrada em 2 de outubro de 1760, no Alto da Boa Vista, sul do atual
município de Campos Gerais.
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