QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
às viagens e, muito menos, ao croqui e localização feitos por
Inácio Correia Pamplona.
Álvaro da Silveira, encontrando as ruínas possivelmente
indicadas por Pamplona deu-lhes divulgação em seu
livro Narrativas e Memórias que publicou em 1924 1277 .
Hildebrando Pontes, Sebastião de Afonseca e Silva e
seus confrades da Sociedade de Geografia e História do Brasil
Central, fundada em 1924 na cidade de Araxá, misturando folhetim
com história em suas crônicas sofísticas, quiseram,
sem disto fazerem citação expressa, “puxar” os índios araxãs
(sic) do Rio Grande do Sul 1278 para a Aldeia triangulina do
Rio das Velhas 1279 , misturando o Quilombo do Ambrósio com
seus imaginários índios araxás, criando folhetins como a Lenda
da Catuíra e muitas outras vaidosas bobagens, sempre em
desserviço à História. Hoje, o livro publicado a custa de dinheiro
de empresa estatal mineira, Tesouro do Quilombo, de
Ângelo Machado, apesar de citar a primeira edição deste livro,
mostrou-se um mero panfleto turístico-publicitário do
conhecido hotel de Araxá, pois tentou validar os folhetins de
Hildebrando Pontes e seus confrades mumificados nos vitrais
e pinturas daquele hotel.
Hildebrando, entre outros disparates inaceitáveis, misturou
a famosa carta da Câmara do Tamanduá 1280 com o folhetim
do Carmo Gama 1281 e, querendo arrastar a batalha de
1746 para Ibiá, escreveu em seu livro História de Uberaba e a
Civilização no Brasil Central 1282 , o seguinte:
“(...) que, aos 7 de agosto seguinte (1760), se pôs em
marcha por campos e matas, abrindo picadas, construindo
pontes e pinguelas até os baixos da serra das Vertentes do rio
1277 Narrativas e Memórias, BH, 1924, p. 154, citado em Negros e Quilombos em Minas Geais.
1278 Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil, p. 412-413.
1279 Viagem à Província de Goiás, p. 139-146.
1280 Revista do Archivo Público Mineiro, ano II, 1897, p. 386.
1281 Quilombolas – Lenda Mineira Inédita, publicada na Revista do Archivo Público Mineiro , v. 9, 1904, p.
827-866.
1282 2a. edição, 1978, publicada pela Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
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