QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
bado), ou seja a segunda posse eclesiástica tomada pelo padre
João Correia de Melo 1982 .
O cônego Raymundo Trindade dá informação diferente,
dizendo que esta segunda posse eclesiástica ocorrera a 16
de setembro de 1759 (domingo), mencionando os territórios
“... do quilombo chamado Pernaíba e Indajá e Mambuí que
confronta um com o outro e das mais terras, quilombos e matas
adjacentes” 1983 . Como se vê, há diferenças de datas e a
omissão dos quilombos de “serra da Marcela e Canastra”
mencionados por Almeida Barbosa.
Enquanto isto, no Quilombo Grande. Lembremo-nos
de que ordenara “Bartolomeu Bueno, se montasse guarda junto
aos paióis, para o caso de virem alguns negros buscar
mantimentos, (...)” 1984 .
Isto ocorreu: “Uns cinqüenta ficaram por aí, e juntamente
com outros cinqüenta, que abandonaram seus senhores,
em determinado dia – 29 de setembro (sábado) – regressaram
ao Campo Grande; outros se dirigiram a Mariana,
também aliciando gente para voltar 1985 ”. Estas informações
devem ter sido obtidas exatamente com os aprisionados que
vieram buscar mantimentos, como registrou Almeida Barbosa.
Assim, esses prisioneiros foram conduzidos e os paióis
e roças do Ambrósio II foram incendiados por esta subdivisão
das tropas de Bartolomeu Bueno do Prado 1986 . Estas teriam
sido as ruínas encontradas por Inácio Correia Pamplona em
1769.
1982 Argüida pelo conde Cunha após a morte de Gomes Freire com o claro fito de sofismar – tomou o Triân-
gulo Goiano pelos Sertões do Jacuhy – e negar aos paulistas o direito de reclamar do esbulho sofrido- in Do-
cumentos Interessantes – SP, p. 58-62.
1983 Archidiocese de Mariana, p. 112.
1984 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 49.
1985 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 49, último parágrafo.
1986 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 49.
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