QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
ano de 1690, em que passaram os paulistas a descobrir os cataguases”;
“a segunda foi pelo morro do Cachambu 1500 quando a
Câmara de Guaratinguetá foi criar a de Rio das Mortes, dividindo-se
por aquele sítio, no ano de 1714”;
“a terceira, quando os moradores quebraram o marco
e o foram pôr no alto da serra da Mantiqueira, onde principiou
toda a desordem”;
“a quarta, mandando Sua Majestade restituir outra
vez a demarcação no morro do Cachambu 1501 , no ano de
1721”;
“a quinta, quando o ouvidor do Rio das Mortes, câmara
e povo da Vila de São João D'el-rei veio tomar posse da
Campanha do Rio Verde, acrescentando-se sucessivamente
até a serra da Mantiqueira, e depois até o rio Sapucaí que fica
muito além, no ano de 1743” 1502 . Grifo, nosso.
Como vimos, após ter derrotado as forças reinóis pela
segunda vez, Francisco Martins Lustosa foi para São Paulo.
Gomes Freire se aproveitou disto e mandou trucidar os povoados
do Campo Grande, na margem direita e provavelmente
também na esquerda do rio Grande. Lustosa voltou de São
Paulo e Moji das Cruzes com todos os títulos, ordens e documentos
necessários e passou a exercer, em nome da Capitania
de São Paulo, sua jurisdição na margem esquerda do rio Sapucaí.
Relembremos: morto Sarzedas, Gomes Freire acumulara
o governo da Capitania de São Paulo, no período de 1 o de
dezembro de 1737 a 1739. Chegando o novo capitão general
de São Paulo, dom Luiz Mascarenhas, este foi mantido em
missões longínquas em Goiás, Cuiabá etc., passando a sediar
1500 Caxambu, espécie de membrafone, atabaque, origem bantu, do quimbundo kizungu, kazangu – in Falares
Africanos na Bahia, p. 207.
1501 Segundo o mapa Traçado da Linha Divisória Definitiva de São Paulo e Minas Gerais, 1737, Dr. Francis-
co Morato e equipe, cartógrafo Otto Bendix, o Morro do Caxambu fica entre o ribeirão do Rosário e córrego
Alegre, nascentes do rio Santo Antonio, a sudeste da Soledade de Itajubá, atual cidade de Itajubá.
1502 O Governo do Morgado de Mateus em São Paulo, p. 236-237.
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