QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
vários capitães experimentados. A tropa que seguiu sob o
comando de Bartolomeu Bueno era de 400 homens 2259 ; mas
os homens convocados foram em número bem superior; para
o transporte de mais munição e sobretudo de mantimentos, foi
convocada gente de quase toda a capitania; e, em bando, que
mandou afixar em várias freguesias, prometia o governador
seis meses de prisão a quem não atendesse a convocação. Ao
capitão Antônio Francisco França, grande fazendeiro estabelecido
no Sítio da Soledade 2260 , foi dada a incumbência de
adquirir os mantimentos necessários, como farinha de mandioca,
feijão, porcos etc., e conduzir ao Campo Grande. Enquanto
isto, outro capitão, Antônio de Burém, morador no
Sertão do Piuí, com uma carta do governador, procurava fazendeiros,
roceiros, mineiros, oficiais da justiça e da milícia,
angariando auxílio, tudo o que fosse possível e útil; como eram
os mais interessados no extermínio dos quilombos, pensou
o governador, também deveriam contribuir” 2261 .
Assim, a tropa de Bartolomeu se reuniu toda em Piumhi,
de onde partiu somente em 18 de agosto de 1759 para o
ataque ao Ambrósio-II, Sapucaí e Cascalho.
Custo das Operações Desde 1756
Quando se tratou de fato que poderia revelar a verdadeira
expressão das guerras do Campo Grande, conforme já
vimos, a interpretação de Waldemar de Almeida Barbosa, no
caso, diminuiu os números:
“Em fins de dezembro de 1759, é que termina a guerra
contra os quilombos, na qual, só de contribuição das Câmaras,
foram gastos mais de dez quilos de ouro; ou, segundo o
governador Luiz Diogo Lobo da Silva, de 1765, gastaram 'as
2259 Confirma em AHU, Cx. 74, doc. 45, verbete no 6068.
2260 Ver topônimo “Fazenda Soledade” na margem esquerda do rio Grande, sul do Porto dos Mendes, carta
topográfica de Lavras, 1: 100 000, IBGE, 1898.
2261 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 46 e 47.