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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

lhe disseram que não a botasse (em) posse sem as pedir ao<br />

Ilmo. sr. governador que lhes havia de conceder na forma<br />

das ordens de Sua Majestade, para não alegarem ignorância<br />

as sesmarias que se botassem; e da serra das Esperanças,<br />

desviadas das margens do rio Grande apossou o capitão Bartolomeu<br />

Bueno do Prado, as duas sesmarias que o Ilustríssimo<br />

senhor governador lhe havia concedido na mesma paragem,<br />

a qual demarcou também com posse no rio Lambari; e<br />

em ambas fez rancho a fim correr a medição para o rio<br />

Grande acima até findar quando se medir 2223 .<br />

Nas beiradas do mesmo rio Grande, da parte das quais<br />

para cima, ribeirão Verde 2224 , achamos umas capoeiras antigas<br />

que mostravam ser de trinta anos para cima, onde tinha<br />

sido sítio do defunto capitão-mor Francisco Bueno da Fonseca,<br />

e por respeito de calhambolas se achavam as casas caídas<br />

e desertas e agora as mandou roçar por seus filhos o guardamor<br />

Diogo Bueno da Fonseca; e em todo o rio acima até a<br />

paragem chamada Água Limpa 2225 se acha ser tanto pelas<br />

beiradas do rio como para o sertão que é mesmo extenso o<br />

veio de água que se acha ser, e sem título algum, somente algumas<br />

grupiaras concedidas alguns mineiros, que as não trabalharam<br />

pela ojeriza dos quilombolas, e agora de presente<br />

se concederam vários títulos a outros mineiros e se ratificou<br />

em outros o capitão Antônio Francisco França e o sargentomor<br />

Felipe Antônio de Burém, das terras e águas que se lhe<br />

deu o capitão Bartolomeu Bueno do Prado, caso que o Ilus-<br />

2223 Sesmaria, sobre as terras da Primeira Povoação do Ambrósio, que deve ter repassado a terceiros.<br />

2224 Ribeirão Verde fica na margem esquerda do rio Grande, entre Ilicínia e Boa Esperança, destacando-se o<br />

topônimo “Faz. Paiol Queimado” já em Boa Esperança – in cartas topográficas 1:50 000, IBGE, 1970. O ribei-<br />

rão Verde (margem esquerda), no topográfico 1:100 000, IBGE de 1951, fica entre os portos Fernandes e da<br />

Felícia, margem direita do rio Grande.<br />

2225 Aguanil, em seus primórdios, se chamou Água Limpa – DIHGM, p. 26. O ribeirão da Água Limpa, cujas<br />

nascentes ficam a leste de Aguanil – Mapa Fl. 58, Nº N1, O3, Depto. Geográfico de MG, integrado ao IBGE,<br />

datado de 1951 – deságua no rio Grande. Esse mesmo ribeirão, no Mapa de 1970 do IBGE, aparece com o<br />

nome de ribeirão Aguanil. Abaixo dele, entre as serras da Forquilha e da Guarita, há um ribeirão do <strong>Quilombo</strong>,<br />

cujas nascentes também ficam em Aguanil.

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