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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

No Período de 15 de maio de 1736 a 26 de dezembro<br />

de 1737, Gomes Freire foi representado por Martinho de<br />

Mendonça de Pina e Proença, seu comparsa, diretamente do<br />

Rio de Janeiro 250 .<br />

Entre 1741 e 1746, houve grandes sublevações de negros,<br />

registrando-se neste último ano, a primeira grande guerra<br />

no Campo Grande.<br />

Desde fins de 1737, quando acumulou o governo de<br />

São Paulo, Gomes Freire pôs em prática seu plano expansionista<br />

que incluía a destruição da capitania Paulista. A partir de<br />

1742, os paulistas desafiaram Gomes Freire e retomaram a<br />

posse dos seus inúmeros descobertos na Comarca do Rio das<br />

Mortes, agora sob as ordens do novo governador de São Paulo,<br />

dom Luiz Mascarenhas, contenda em que seriam vencidos,<br />

ante o fato de ter Gomes Freire conseguido a extinção política<br />

da Capitania de São Paulo em 1748, bem como a arbitrária<br />

redefinição das fronteiras em 1749, abocanhando todo o atual<br />

Sudoeste de <strong>Minas</strong>, margem esquerda do rio Sapucaí, que pertencia<br />

a São Paulo.<br />

É também desta época o grande arrocho legislativo sobre<br />

os negros e pardos – livres, forros e escravos - indo desde<br />

a proibição de negras de tabuleiro venderem suas quitandas<br />

nas lavras diamantinas, proibição aos pretos do uso de armas,<br />

mesmo que fossem simples facas ou paus de ponta, até a terrível<br />

lei de 3 de março de 1741, cujo texto atualizamos e<br />

transcrevemos a seguir.<br />

“Eu, o rei, faço saber aos que este alvará em forma de<br />

lei virem, que sendo-me presentes os insultos, que no Brasil<br />

comentem os escravos fugidos, a quem vulgarmente chamam<br />

calhambolas, passando a fazer o excesso de se juntarem em<br />

quilombos; e sendo preciso acudir com remédios, que evitem<br />

esta desordem: hei por bem, que a todos os negros, que forem<br />

achados em quilombos, estando neles voluntariamente, se<br />

lhes ponha com fogo uma marca em uma espádua com a letra<br />

250 Corografia Histórica da Província de <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>-1837, v. 01, p. 86.

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