QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Aldeia do Rio das Velhas em se construir de novo a Igreja da
Senhora Santa Ana e acomodação para os padres da Companhia
Missionários que é a única aldeia que resta na comarca
e com mais pouca gente porque como a conquista do gentio
se não tem continuado”, sugerindo, quanto aos Caiapós, que
se lhes fizesse “guerra nos seus alojamentos, por serem inimigos
declarados”, lamentou a proibição real, pois a seu ver
se devia sujeita-los à doutrina pela espada, uma vez que os
Caiapós que “agora existem são de pior condição que os primeiros”
1798 . Porém, no Reino, a preocupação era outra.
Em carta régia de 4 de novembro de 1759, dom José I
delegou a Gomes Freire, para ser usado especificamente contra
os jesuítas, “todo o Alto e Supremo Poder, Jurisdição e
Alçada, que necessária for para fazeres prender e sentenciar
nessa relação, verbalmente, sem figura de juízo e somente
guardados os termos de direito natural e divino da verbal audiência
dos réus” e o mandou investir contra todos os jesuítas
e seus defensores de forma implacável e inapelável 1799 .
O fato é que, além dos padres supracitados, havia jesuítas
de São Paulo responsáveis por cinco aldeias de índios em
seu território incluindo, porém, a do Rio das Velhas no então
Triângulo Goiano. A 20 de janeiro de 1760, os jesuítas do colégio
paulista foram presos em vários locais e remetidos para
o Rio de Janeiro. Bem antes disto, “Os padres Manoel da
Cruz e Francisco José, da aldeia marginal do Rio das Velhas,
viajaram um mês e ao chegar a São Paulo, já os outros jesuítas
haviam sido transportados para o Rio de Janeiro, para
onde também seguiram e lá abandonaram a Companhia de
Jesus” 1800 .
Sobre João de Godói e seus bororos, o escrivão da Câmara
de Vila Boa informou em 8 de julho de 1761 que, “ultimamente,
fazendo o dito capitão-mor outra entrada ao sertão,
1798 AHU-ACL-N- Goiás, documento nº 1552, de 24.07.1759.
1799 Verbete nº. 6044 do IMAR/MG, Cx. 74, Doc. 36, do AHU - 4 de novembro de 1759.
1800 A Igreja na História de São Paulo, p. 128.
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