QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
“O comandante Pedro Gomes Barbosa atacou um quilombo,
mas encontrou-o desocupado; é que os negros foram
avisados por um fazendeiro vizinho. 'A maior parte dos quilombos
estão ao pé de fazendas, para destas serem providos
de mantimentos e terem aviso de qualquer movimento que haja',
informava o comandante Pedro Gomes Barbosa. Deu o
comandante em mais dois quilombos, que também achou despovoados,
pelo mesmo motivo. Cada um tinha nove ranchos
grandes 'que pareciam arraiais' e estava 'um quilombo defronte
ao outro'. (...)”.
“Em 1784, era a Câmara de Vila Rica que pedia providências
contra as desordens provocadas pelos negros fugidos”
2467 .
“No ano seguinte, chegava ao governador a notícia de
que, nas cabeceiras do Itamarandiba, havia um quilombo
grande e muito antigo, com negros, mulatos e alguns brancos:
Luís da Cunha Meneses ordenou ao cel. Basílio de Brito
Malheiros 2468 que passasse ao referido sítio, com toda a gente
que fosse necessária, a fim de destruir o referido quilombo”
2469 .
A evidência é a de que se tratou de mais um povoado
de gente pobre que, por não se submeter aos homens-bons,
deve ter sido considerado como quilombo e, como tal, destruído.
“À medida que se aproxima o final do século vão rareando
as queixas. Em 1788, o capitão do Paraopeba de Baixo,
João Marques da (ilegível) apresentava ao governador
um relatório sobre a atuação do capitão-do-mato Manoel Pe-
2467 Cód. 240, fl. 19, APM.
2468 É ele mesmo: o primeiro que fez delação verbal e segundo que a fez por escrito contra o movimento do
Alferes; português, assassino, contrabandista de diamantes, inimigo de Gonzaga e amigo do Fanfarrão Minésio
– em Tiradentes: A Inconfidência Diante da História, p. 75-86.
2469 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 74.