13.04.2013 Views

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

duas capitanias, (...) porque desta se conservar dividida (...)<br />

se seguiriam sem dúvida as ruínas que receia o governador,<br />

em prejuízo grande na arrecadação da Fazenda Real e, na<br />

necessidade de haver de decidir por uma das capitanias”, seja<br />

“(...) a das <strong>Minas</strong> gerais porque acha justificada a posse que<br />

tem nestas terras reconhecidas já pelo governador de São<br />

Paulo 1521 , que agora a impugna 1522 , e porque elas se acham<br />

mais vizinhas de outras terras minerais da mesma Capitania<br />

do que da de São Paulo 1523 o que lhe não parece seria do que<br />

da de São Paulo a que lhe não parece deve já dar mais extensão,<br />

sendo tanta a que tem 1524 , que dificultosamente se pode<br />

compreender em uma capitania e ultimamente lhe parece se<br />

justifica mais a intenção da das <strong>Minas</strong> na consideração de<br />

que (...) nem os oficiais da câmara lha disputaram ainda que<br />

para isto façam ... governador” 1525 .<br />

Eram tudo favas contadas, mas era de praxe dar a idéia<br />

de que fora o rei (já doente) quem decidira tudo: “Ao Conselho<br />

parece que V. Majestade se sirva determinar quanto ao<br />

sítio que (...) sirva de limite a ambas as capitanias a serra da<br />

Mantiqueira, visto o que aponta o provedor da Fazenda e se<br />

ficam desta sorte evitando desordens, que resultarão de ficar<br />

o dito sítio administrado e regido por duas jurisdições. Lisboa,<br />

quinze de março de mil, setecentos e quarenta e sete” 1526 .<br />

1521 Olha o sofisma aí: ora, Mascarenhas, em 1743, não insistiu na posse da Campanha (margem direita do<br />

Sapucaí) porque viu que sua posse, tomada em 1737 pelas <strong>Gerais</strong>, se fizera perfeita porque, estando Gomes<br />

Freire governando a Capitania de São Paulo naquela época, tendo ele ordenado e aprovado a usurpação, ficava<br />

tecnicamente difícil que o novo governador de São Paulo, contestasse a posse violenta que os reinóis tomaram<br />

sobre a Campanha, no lado direito do Sapucaí.<br />

1522 O que Lustosa e dom Luiz Mascarenhas impugnavam e rechaçavam era a marcha reinol querendo, depois,<br />

tomar também Santana do Sapucaí e toda a margem esquerda do rio Sapucaí.<br />

1523 É outro sofisma. A posse de Santana do Sapucaí se tomara pela Comarca de Guaratinguetá e pela vila de<br />

Moji das Cruzes; os malandros, como se vê, tomaram a capital pela cabeça de termo de uma Comarca da Capi-<br />

tania de São Paulo.<br />

1524 É outra mentira, pois, a esta altura, São Paulo já não possuía nada no Sul e nem no mar; quanto a Goiás e<br />

Cuiabá, dentro do mesmo projeto, lhes seriam tomadas.<br />

1525 Verbete nº. 4066 do IMAR/MG, Cx. 48, Doc. 52 do AHU.<br />

1526 Verbete nº. 4066 do IMAR/MG, Cx. 48, Doc. 52 do AHU.<br />

537

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!