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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

Apesar de tudo, como se viu, nossos folhetinistashistoriadores<br />

continuaram a entender que tudo isto indicava<br />

apenas e tão somente o sítio de Ibiá ou, como diziam na<br />

época, de Araxá. Certos mestres e doutores da UFMG e da<br />

USP desprezaram nossa primeira edição. Caso leiam esta<br />

segunda edição poderão mudar de idéia.<br />

Da mesma forma, sempre entenderam que Gomes<br />

Freire, além de ter sido um bom e fervoroso católico, fora um<br />

probo e justo governador, introdutor de grandes progressos e<br />

melhorias para o Rio de Janeiro e as <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>. Realimentaram<br />

a imagem do valente protagonista de Uruguay do Basílio<br />

da Gama, da musa dos Felizes e de sua academia particular.<br />

No entanto, como se viu e se verá, também Gomes Freire<br />

não era bem assim. O versículo 9, 17 de Lucas “porque não<br />

há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida<br />

que não se saiba e venha à luz”, talvez traduza bem a justiça<br />

que se faz neste livro, onde seu lema é “veritas quae sera<br />

tamen”, ou seja, a “verdade, ainda que tardia”.<br />

O Mapa do Campo Grande<br />

A informação primeira que nos trouxe a esperança de<br />

desvendar o mistério da localização do <strong>Quilombo</strong> do Ambrósio<br />

e demais quilombos do Campo Grande é dada também pelo<br />

prof. Waldemar de Almeida Barbosa:<br />

“(...) Ora, no mapa de todo o Campo Grande tanto da<br />

parte da Conquista, que parte com a campanha do Rio Verde<br />

e São Paulo, como do Piuí e Goiases, e no qual figuram os<br />

nossos quilombos, inclusive o de Caetés, não consta <strong>Quilombo</strong><br />

do Creça, mas nele figura o do Careca, aliás como dos<br />

maiores, com 110 casas. Nesse mesmo mapa, em vez de <strong>Quilombo</strong><br />

do 'Bamboí', lê-se 'Mamboí'. Quer nos parecer, assim,<br />

que Creça e Careca sejam o mesmo quilombo. Questão de ortografia.<br />

Há ainda o auto de posse do <strong>Quilombo</strong> do Morro da<br />

Angola; nesse foram presos 25 negros, algumas crias, quase<br />

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