QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
esquerdo do ribeirão das Araras, por terem as nascentes próximas,
praticamente fecham o território. Abaixo (rio abaixo)
do quilombo, quase no seu rumo, ao contrário, há um afluente
esquerdo do rio Verde e um afluente direito do ribeirão das
Araras 1227 .
Cheios de curvas bem acentuadas, tanto o Araras como o
Verde são bem diferentes dos desenhos simples e retos do
mapa do Campo Grande.
O topônimo Quebra-Pé pode ser visto em outras regiões
1228 . A observação de que tinha 80 “casas despovoadas” é
sintomática de que ou sua população se mudara ou, pressentindo
a aproximação da expedição de França e Diogo Bueno,
teria fugido. O fato é que o Quebra-Pé não foi atacado em
1760.
Localização
Cunha Matos aponta, em 1837, dentre os arraiais subordinados
a Lavras do Funil, o Arraial do Quilombo das Araras,
com 48 fogos e 391 almas 1229 . Sem dúvida que esse arraial,
hoje, só pode ser o de Martinho de Campos, distrito de Três
Pontas.
Realmente, o mapa de 1936 aponta um local chamado
Quilombo no vértice de uma curva, margem esquerda do ribeirão
das Araras, foz do córrego do Quilombo, cujas nascentes
ficam próximas de um local chamado Fazenda Santa Maria,
a oeste de Três Pontas 1230 .
O mapa de 1970 mostra, no mesmo local, o distrito trêspontano
de Martinho de Campos (Pontalete), omitindo o nome
do córrego do Quilombo, cujas nascentes se confirmam
1227 O nome do ribeirão das Araras foi dado pelos chefes da expedição de 1760, como consta da ata de 2 de
outubro de 1760 da Guardamoria de Carrancas.
1228 Ver, por exemplo, povoado e córrego com o nome Quebra-Pé, a norte do município de Diamantina, carta
IBGE, 1:100 000, 1977.
1229 Corografia História da Prov. de M. Gerais-1837, v. 1, p. 119-120 e 121-122.
1230 Mapa VARGINHA/MG, escala 1:100 000, Serviço Geográfico de Minas Gerais, fl. nº 48 {S3O3, datado
de 1936.