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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

são obrigados a relatar anualmente ao provincial e este ao<br />

geral” 606 .<br />

A presunção de Hildebrando e de seus colegas é razoável.<br />

Porém, como sempre questionamos e continuamos a<br />

questionar, encontra as seguintes contradições:<br />

Depois das destruições de Guairá, umas aldeias teriam<br />

sido refundadas, quando muito, no “baixo Mato Grosso”. Porém,<br />

a maioria delas – QUINZE aldeias 607 – inclusive a de<br />

Sant‟Ana, como documentou Carvalho Franco, foram fundadas<br />

no Tape, região central do Rio Grande do Sul, ou, Santa<br />

Catarina, abrigando guaranis de variadas etnias, inclusive os<br />

chamados AraxÃs. Os Jesuítas não fundariam simultaneamente<br />

DUAS aldeias com o mesmo nome de “Sant‟Ana”.<br />

Além do mais, a palavra araxãs, com til, não gerou a<br />

pronúncia araxá. Esta, nos séculos XVII e XVIII, seria escrita<br />

com circunflexo, araxâ, a exemplo de Caetê e quebra-pê, cujas<br />

pronúncias são caeté e quebra-pé, como se pode aferir no<br />

mapa do Campo Grande do capitão França.<br />

A paleografia e a oralidade paulistas nunca confundiram<br />

essa pronúncia. Vejam-se, por exemplo, as citações do artigo<br />

“No Tempo dos Bandeirantes” em site sobre a História de<br />

Santos-SP.<br />

“Pascoal Neto, da bandeira que Antonio Raposo Tavares<br />

leva até os domínios dos tapes, charruas e minuanos,<br />

morre à margem da Lagoa dos Patos, em 1636, "neste sertão<br />

e lugar onde chamam Jesus Maria de Ibiticaraiba, sertão dos<br />

Araxans...”. E ainda:<br />

“Brás Gonçalves, o velho, morre trinta e três anos depois<br />

no sertão dos Araxans. Os seus bens são logo postos em<br />

leilão, por ordem do chefe da bandeira, cap. Coutinho de Melo,<br />

e arrematados pelos bandeirantes, fiado por seis meses”<br />

608 .<br />

606 História de Uberaba..., p. 32.<br />

607 E não quatorze, como “modificou” Hildebrando.<br />

608 Site http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0380c26.htm Fato confirmado<br />

in Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil, p. 190.<br />

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