QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
nem sequer os admitem nas ordens terceiras, irmandades de
sargentos (?) e outras para modo se despreza e não permitem
aos ditos tenham alguma irmandade separada sem (...) com
eles e ainda algumas das ditas são regidas e administradas
pelos mesmos homens brancos, com o pretexto de doadores,
fundando seus zelos somente engordarem os dinheiros das ditas
irmandades, fazendo com os ditos dinheiros, seus negócios
2521 , de sorte que alguns não dão contas e ficam as irmandades
perdendo.
E como Antônio Luiz Brandão Coelho de Miranda, homem
preto nacional da dita capitania, (...) se resolveu a vir
pessoal trazer esta conta a S. Majestade, (...) de tão longe para
este modo buscar remédio e amparo de S. Majestade
Porém, sendo S. Majestade servida determinar por lei
sua e decreto aos vice-reis, generais, governadores, ministros,
relações, câmaras, e ainda aos arcebispos, bispos, ministros
eclesiásticos executem e cumpram o que V. Majestade
determinar, mandando aos ditos que ação de casas, editais, e
pastorais, façam publicar as ditas leis para que chegue a notícia
de todos (...)”.
Reclama, ainda, o capitão Miguel Ferreira de Souza, que
são os forros que “exercitam as artes da música, assim (...)
são os que nos festejos das aclamações dos senhores reis e
senhoras rainhas e nascimentos dos senhores príncipes, infantes,
são os que 2522 fazem as músicas nas igrejas e folguedos
públicos como aquele asseio e alegria que permitem as
ditas funções”.
Finalmente, o suplicante fala dos serviços que presta no
terço auxiliar de Mariana “vinte e seis anos com satisfação
geral de todos, indo a conquistas de índios, a minha custa,
comparecendo em todas as funções reais e tudo o mais do real
serviço, além de ter sido soldado pago na praça da cidade
do Rio de Janeiro”, sendo “filho do capitão Vicente Ferreira
2521 Rolo 128, p. 488-b do verbete nº. 10591 do IMAR/MG.
2522 Rolo 128, p. 489-a do Verbete nº. 10591 do IMAR/MG.