QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
confrades foram levados. O resto ficou por conta do tupiniquismo
falso que, ao final do século XIX até meados do século
XX, tomou o Brasil todo com suas poesias, romances e
crônicas folhetinescas. Hoje, o que perpetua esse soterramento
da verdade histórica são as universidades – principalmente as
públicas - onde, isoladas em sua idiossincrasia burocrata, arrogante
e desleal, as faculdades de história e sociologia não
sofrem controle de qualidade dos conhecimentos que pensam
produzir em suas fábricas de mestrados e doutorados.
Razões para os Ataques ao Campo Grande
Razões Aparentes - Velha Historiografia
Continuando com a narrativa de Almeida Barbosa:
“Nesta época, já o Quilombo do Ambrósio chamava a atenção;
escrevendo ao colega de São Paulo, o governador de
Minas declarava em 1745: 'Eu também tenho infestado o caminho
de São João a Goiás, com um quilombo, segundo me
dizem, de mais de seiscentos negros armados; estou disposto
a dar-lhes o devido castigo” 1286 . A esta altura, Gomes Freire
já estava em aberta “guerra fria” com o governador de São
Paulo e é evidente que, nesta correspondência, estava ironizando.
“No ano de 1745, a Câmara de São João Del Rei dirigiu-se
ao próprio rei, referindo a inquietação dos moradores,
com os contínuos roubos e mortes que faziam os negros fugidos.
Em carta a Gomes Freire de Andrada, capitão-general
do Rio de Janeiro, com o Governo de Minas, recomendava o
rei o aproveitamento dos índios, como os melhores capitãesdo-mato,
e que poderiam ser levados do litoral, para desinfestar
a estradas e acometer os próprios quilombos” 1287 .
1286 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 63, citando SCAPM, Cód. 84, fl. 75.
1287 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 63-64, citando SCAPM, Cód. 86.
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