QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
O nome do quilombola Rei ou Pai Ambrósio e seu quilombo,
surge pela primeira vez na carta que José Antônio
Freire de Andrade escreveu às câmaras em 12 de fevereiro de
1757, falando de suas “relíquias”. Depois, em 1763, o Mapa
de Todo o Campo Grande traz as localizações e os nomes da
Primeira Povoação e do Quilombo, ambos com o nome de
Ambrósio. Em 1769, Inácio Correia Pamplona diz ter encontrando
o local em Ibiá, quando manda desenhar o seu croqui,
sem, no entanto, dizer quando ou quem o teria atacado. Seu
escrivão apenas registrou ser o Quilombo do Ambrósio de Ibiá
“não afamado nestas minas como prejudicial aos moradores
delas, (...)” 1391 . As Cartas Chilenas mencionam por volta
de 1788 um “afamado quilombo, onde viveu o Pai Ambrósio”.
E, finalmente, a carta da Câmara de Tamanduá, em 1793, fala
várias vezes do Quilombo do Ambrósio, nada referindo sobre
a descoberta de Pamplona e não precisando se a indicação que
fizera da serra e vertentes do Sapucaí, indicava Cristais, mérito
em que não entra, mas insinua Ibiá, seu interesse, em que
pese a intenção de subtrair para as Minas o Triângulo que, então,
pertencia à Capitania de Goiás.
Apesar de sua intenção de deslocar tudo para o Triângulo
Goiano, acabou se traindo com a referência a “pontes e
picadas até abaixo da Serra, vertentes do rio Sapucaí, defronte
do destruído Quilombo do Ambrósio”.
Também foi a Carta da Câmara de Tamanduá, em
1793, que informou que, em 1746, houve “sete horas de um
vigoroso combate e violento fogo, com a morte do dito Ambrósio
intitulado rei” 1392 . Isto é o que há documentado.
Armas e Munição Utilizadas pelos Atacantes
Em anexo à “Carta que se expediu para a Câmara desta
Vila e Cidade de Mariana, São João Del Rei, São José, Saba-
1391 Anais da Biblioteca Nacional, v. 108, 1988, p. 101. Palavra NÃO, confirmada por Tarso Tavares da
FBN.
1392 Revista do Archivo Público Mineiro, Ano II, 1897, p. 376.
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