QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Esse quilombo, no entanto, considerados os dados da toponímia
antiga, pode ter mudado de lugar muitas vezes: a) topônimo
Cascalho repetido duas vezes às margens do ribeirão
do Cascalho, nascentes do Boa Vista, norte da atual Bela Vista
1242 ; b) a norte de Santana da Vargem, Fazenda dos Gorduras,
córrego do Cascalho, afluente esquerdo do ribeirão das
Três Pontas 1243 ; c) entre as atuais cidades de Perdões e Bom
Sucesso, o topônimo Cascalho, ao sul da serra da Gurita, cercada
dos topônimos Gurita e Fazenda do Paiol, toponímia
que, sem dúvida, indica local de quilombo 1244 .
Afora os supracitados, como concluiu Costa Campos:
“Há outro “Cascalho”, na região de Carmo do Rio Claro
(MG), situado do lado esquerdo do Rio Sapucaí, hoje Lago de
Furnas” 1245 . Este, foi atacado em 1760.
Tomada da Povoação do Tamanduá – 1744
Os paulistas sempre ocuparam a região entre Pitangui e as nascentes
do rio São Francisco, passando no Piumhi pelo caminho que
atravessava o rio Grande nas itaipavas após a serra das Esperanças,
vindos da região dos atuais municípios de Ibiraci, Alpinópolis ou Jacuí,
aonde chegavam pela estrada de São Paulo a Goiás.
Em 1720, Domingos Rodrigues do Prado e seus revoltosos
de Pitangui, depois de passarem algum tempo na “banda
sul do rio Pará” 1246 , foram também para os Goiases, onde lhes
estavam reservadas aventuras e mais aventuras.
Velhos paulistas que ficaram em Pitangui, cumprindo as
condições do bando do conde de Assumar, receberam sesmarias
“in perpetum” e de fato as ocuparam a partir de 1730 1247 ,
conforme documentou Laércio Rodrigues, apontando os no-
1242 Mapa Topográfico de Boa Esperança, 1:100 000, IBGE, 1951.
1243 Mapa Topográfico de Boa Esperança, 1:100 000, IBGE, 1951.
1244 Mapa Topográfico de Lavras, 1:100 000, IBGE, 1898.
1245 Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas, p. 113.
1246 Arquivo da Casa dos Contos de Minas Gerais, p. 126.
1247 Documentos do Arquivo da Casa dos Contos de Minas Gerais, p. 142-144.