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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

ro; tenente-coronel Francisco de Paula, como comandantegeral,<br />

prepararia a tropa e, no instante decisivo, faria todos<br />

aderirem a sublevação; José Álvares Maciel tornaria realidade<br />

o plano de Tiradentes de fabricar ferro em <strong>Minas</strong> e empregaria<br />

esforços para realizar a outra sugestão do alferes,<br />

que era a de fabricar pólvora no País novo, com a utilização<br />

do salitre do Serro; Tiradentes prenderia, em Cachoeira do<br />

Campo, o visconde de Barbacena e o deportaria para fora da<br />

capitania ou então, no caso de resistência, lhe tiraria a cabeça<br />

para apresentá-la à tropa e ao povo em Vila Rica; o sinal<br />

do início da rebelião seria a derrama” 179 .<br />

O que era a Derrama<br />

O sistema de cobrança do imposto sobre a extração<br />

de ouro, à época, era a quintagem através das casas de fundição<br />

culminada por derrama no caso do não atingimento do teto<br />

de arrecadação preestabelecido. Os mineiros – em tese -<br />

depois de conseguida certa quantidade de ouro, geralmente<br />

em pó, eram obrigados a levar à casa de fundição. Ali, o ouro<br />

era derretido e transformado em barras devidamente identificadas<br />

pelos selos e armas reais, ocasião em que já se tirava a<br />

quantia de 20% relativa aos quintos.<br />

Na prática, no entanto, a maioria dos mineiros era gente<br />

tão pobre que todo ourozinho que conseguia era imediatamente<br />

utilizado para pagar suas dívidas com os cobradores de<br />

impostos, banqueiros-agiotas, comboieiros e comerciantes,<br />

portugueses em geral, e para comprar os suprimentos necessários<br />

à sobrevivência do mineiro pobre e de seus dois ou três<br />

escravos.<br />

Portanto, evidente que só os mineiros ricos, os magnatas<br />

contratadores, banqueiros-agiotas, comboieiros e comerciantes<br />

em geral é que conseguiam ajuntar ouro em quantidade<br />

179 Tiradentes”, p. 58 e 59.<br />

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