QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
na região do Ambrósio de Ibiá 1359 . É irrefutável que usou essas
canoas ainda uma segunda vez, em 1760, para ir em expedição
pelo rio Grande, de Lavras à região de Cristais, Guapé e
Piu-í, como consta do texto do mapa do Campo Grande e de
várias atas da Guardamoria de Carrancas, titulada por Diogo
Bueno da Fonseca.
A carta da Câmara de Tamanduá noticia também que
em bando e ordem de 1 o . de julho de 1746, Gomes Freire “determinou
um esquadrão de dez companhias, com perto de
trinta homens cada uma 1360 e por chefe o capitão de cavalaria
auxiliar Antônio João de Oliveira; (...) marchando com fiéis e
guias o esquadrão e o capitão Manoel de Souza Portugal acometeram
ao grande Quilombo do Ambrósio e depois de sete
horas de um vigoroso combate e violento fogo, com morte do
dito Ambrósio, intitulado rei, e de muitos outros, fincando
prisioneiros cento e vinte, com vários negros e crias que se
batizaram, de dez e doze e mais anos, de cuja conquista o dito
excelentíssimo general apresentou na Secretaria de Estado
dos Negócios do Reino e Ultramar duas cartas tipográficas”
1361 .
Em outro trecho, a mesma carta volta a falar no Ambrósio,
mencionando Bartolomeu e Diogo Bueno: “(...) os
quais indo em sete de agosto de mil setecentos e sessenta, abrindo
estradas e fazendo pontes e picadas até abaixo da Serra,
vertentes do rio Sapucaí, defronte do destruído Quilombo
do Ambrósio, (...)”. Esse texto teve como fonte as atas da
Guardamoria de Carrancas, de 1760, e o texto do mapa do
Campo Grande, de 1763, os quais, mostram que o local de
que se fala é o Quilombo da Boa Vista-I, localizado ao sul do
atual município de Campos Gerais, defronte, portanto, de
Cristais e Aguanil, onde ficava a Primeira Povoação do Am-
1359 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 46.
1360 Como se vê, de 300 homens e não de 400 como noticiara Gomes Freire ao rei.
1361 Revista do Archivo Público Mineiro, Ano II, 1897, p.376.