QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
“Vendo Vossas Mercês a representação que me faz o capitão
Diogo Bueno da Fonseca, a providência que necessita
dar-se para rebater ou evitar o insulto que fazem os negros
fugidos nos distritos de que faz menção, Vossas Mercês, consultando
esta matéria com o dito capitão Diogo Bueno, de
mão comum com ele, nomearam (...) as pessoas mais capazes
para calar dois destacamentos e me darão parte de tudo sobre
este assunto para passar as ordens mais prontas e necessárias
de que se necessita, tudo na forma da Lei dos Quilombos
1936 e pela que toca à parte das munições de guerra e toca
não só para o corpo grande mas também para os dois destacamentos,
Vossas Mercês como coisa que lhe pertence lhe darão
as providências mais sem fazerem os moradores contribuição
involuntariamente para dita expedição e não haver ordem
de Majestade” 1937 .
Os documentos da Câmara de São João Del Rei devem
ter dado ao prof. Waldemar de Almeida Barbosa – apesar de
não ter ele informado isto claramente - as informações a seguir
transcritas com as devidas correções e acréscimos interpretativos.
Em 18 de junho de 1759, Bartolomeu Bueno e suas
tropas de 400 homens partiram de São João Del Rei para Piumhi
1938 .
Dois dias depois, a Câmara de São João Del Rei passou
a Bartolomeu o seguinte documento:
“Certifico que revendo o livro décimo que servia de
registro neste senado, e se acha sendo nele a folha oitenta e
oito verso se acha registrada a procuração que este senado
deu ao capitão Bartolomeu Bueno do Prado, quando foi a
destruição dos quilombos do Campo Grande que o seu teor é
da forma e maneira seguintes: o juiz ordinário e procurador
deste senado da câmara que servimos por eleição na forma
1936 A Lei da Marca em “F” de 1741-1742 e sua regulamentação que permitia somente ao governador aplicar
fintas para custear ataques a quilombos etc.
1937 APM-SC-123, p. 71.
1938 Confirma em AHU, Cx. 74, doc. 45, verbete no 6068; idem em APM-SC-123, p. 76 e v.