QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
padecendo nele várias moléstias e rigorosas águas, (...) fez
uma grande presa de gentio doméstico, que trazendo-os para
esta Vila, os conduziu novamente para o Presídio do Rio das
Velhas, que pelo serviço que tem feito o dito capitão-mor João
de Godoy Pinto da Silveira, se faz digno e merecedor de
qualquer mercê que S. Majestade pela sua real grandeza for
servido fazer-lhe” 1801 . Portanto, é provável que à época do ataque
de Bartolomeu à região próxima, esse bandeirante e
seus índios nem estivessem na Aldeia do Rio das Velhas.
Bartolomeu, porém, levaria consigo uma tropa de pelo
menos 50 índios paulistas, chamados bororos – idênticos àqueles
da Aldeia de Rio das Velhas - requisitados pela Câmara
de São João Del Rei em janeiro de 1759.
O Quartel General das Batalhas de 1758/1760
Desde as primeiras notícias em 1756, São João Del
Rei foi o quartel-general das batalhas desfechadas em 1758-
1760. Segundo Waldemar de Almeida Barbosa, “Tão logo
recebeu as denúncias e as reclamações, o governador foi a
São João Del Rei, convocou os homens práticos da redondeza,
e convenceu-se da necessidade do ataque. A situação era
mesmo alarmante, com o desassossego dos moradores” 1802 .
A verdade foi que enquanto Gomes Freire não voltou do
Sul e assumiu o governo do Rio de Janeiro (28 de abril de
1758), nada de efetivo ocorreu, a não ser o recrutamento de
tropas e mais tropas custeadas pelas câmaras desde 1757.
Somente após o retorno de Gomes Freire ao governo do
Rio de Janeiro, teria ocorrido o primeiro movimento de tropas
com o provável ataque comandado por Diogo Bueno às Relíquias
do Quilombo do Ambrósio, entre dezembro de 1758 e
janeiro de 1759 na região de Cristais, Aguanil, Guapé e, possivelmente,
Alpinópolis.
1801 Verbete nº. 3113 do IMAR-SP, Rolo 41, Cx. 37, do AHU.
1802 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 44.