QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
uma criança a quem o padre Pedro Francisco Machado pusera
os Santos Óleos 2253 .
O mesmo Carvalho Franco noticia que “faleceu Bartolomeu
Bueno do Prado como capitão-mor ajudante das minas
do Jacuí, em janeiro de 1768, tendo sido sepultado na capela
do Rosário da Freguesia de Carrancas” 2254 .
Resultado das Operações de 1758-1760
Providências e Orçamento desde 1756
O sistema tributário da capitação gerou o esvaziamento
das vilas e as medidas de Gomes Freire forçaram o aquilombamento
de brancos pobres, pretos forros e respectivos escravos.
O novo sistema dos quintos por casas de fundição devolvera
alguma dignidade aos forros, mas o quilombismo não
se arrefecera.
O temor a uma revolta é patente na preocupação com
os pretos que portassem armas. Em 21 de fevereiro de 1756,
(cinco anos depois de ter extinguido o imposto da capitação) o
governador publicou lei emanada do próprio rei, substituindo
a pena de dez anos de galés pela de cem açoites diários em
dez dias alternados (lamba de vinte dias) a ser aplicada somente
aos escravos 2255 que fossem encontrados até mesmo
com simples facas de ponta ou paus de ponta ferrada ou tostada
2256 .
A pena de dez anos de galés fazia com que os senhores,
por medo de perder o escravo, deixassem de denunciar os
crimes de porte de arma. Mas, os cem açoites por dez dias, em
dias alternados, geralmente matavam o preto; devia ser um sofrimento
muito grande. Aires da Mata Machado Filho colheu
2253 Livro de Batizados da paróquia de Nossa Senhora da Conceição de São Pedro de Alcântara (do Jacuhy).
2254 Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil, p. 313.
2255 Mulatos e negros forros foram expressamente excluídos desta lei.
2256 APM SC 50, fl. 73v.